🗞️ Por JP Jornal O Popular
Diz o ditado: “Quem com ferro fere, com ferro será ferido”. E parece que a tentativa de novo drible judicial do ex-jogador Robinho acabou batendo de frente com a zaga firme do Supremo Tribunal Federal (STF). A defesa do atleta pediu a suspensão da pena de nove anos de prisão imposta pela Justiça italiana por crime de estupro. Mas, por ora, a Justiça brasileira não aliviou a marcação.
Apesar do pedido da defesa, não há data definida para a retomada do julgamento. Enquanto isso, Robinho segue preso desde março de 2024 na Penitenciária 2 de Tremembé, interior de São Paulo — onde o ex-atacante, que brilhou no Santos, no Atlético Mineiro e até na Seleção Brasileira, hoje vê o tempo passar longe dos gramados.
A defesa, comandada pelo advogado José Eduardo Alckmin, tentou alegar que a Lei de Imigração de 2017 não poderia ser aplicada ao caso, pois o crime teria ocorrido antes de sua criação. O argumento? Que a lei nova não pode prejudicar o réu, conforme manda a Constituição.
Mas como diz o povo: “Quem quer fazer o sol nascer mais cedo, só acorda no escuro.” O relator do processo, ministro Luiz Fux, não comprou a ideia. Segundo ele, a regra da homologação da sentença estrangeira não tem natureza penal, e por isso não se aplica o princípio da irretroatividade previsto na Constituição. Em bom português: a lei pode, sim, ser usada no caso Robinho.
E não parou por aí. Fux ainda alfinetou a defesa por tentar mudar uma decisão já tomada, por meio de um embargo de declaração — recurso que, em tese, só serve pra tirar dúvidas ou esclarecer pontinhos mal explicados. Tentativa de virar o jogo? O ministro deu cartão amarelo: “Sem razão a defesa.”
O STF já havia formado maioria, em novembro de 2024, para manter Robinho atrás das grades. Foram nove votos contra dois a favor da prisão imediata, ratificando a decisão anterior do STJ.
Enquanto isso, a novela segue. Mas como já dizia vovó no cafezinho: “Quem planta vento, colhe tempestade.”
📢 JP JORNAL O POPULAR comenta:
A Justiça brasileira caminha, às vezes em passos lentos, mas quando decide jogar firme, não tem estrela no currículo que segure. Robinho tenta segurar o jogo, mas a lei — como o bom juiz — apita quando é falta grave.
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