Moraes bate o martelo e nega pedido de mais prazo para defesa de Bolsonaro

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Se tem uma coisa que a Justiça não tem tempo para perder, é com choro e vela. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), não deu colher de chá para a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e negou o pedido de mais prazo para responder à denúncia da Procuradoria-Geral da República. A defesa queria 83 dias, mas Moraes manteve os 15 já estabelecidos, deixando claro que quem tem telhado de vidro não pode brincar de atirar pedra.

No despacho, Moraes foi direto ao ponto: os advogados do ex-presidente sempre tiveram acesso aos autos da investigação. Ou seja, não adianta tentar ganhar tempo agora, porque já tiveram a chance de se aprofundar no caso. O ministro ainda destacou que, ao longo do processo, a defesa pediu diversas cópias, inclusive antes do sigilo ser levantado. Como diz o ditado, quem muito quer, nada tem.

Choro livre, mas prazo curto

A defesa de Bolsonaro tentou argumentar que só deveria se manifestar após a delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente. Mas Moraes cortou esse papo e explicou que todos os denunciados têm prazos simultâneos. Ou seja, nada de privilégio! Ele ainda derrubou a tese de que o tempo para a defesa deveria ser o mesmo que a acusação levou para analisar os autos. “Paridade de armas”, alegou a defesa. O ministro, no entanto, bateu na tecla de que as regras do jogo são claras e iguais para todos.

A Polícia Federal encerrou as investigações em novembro de 2024 e encaminhou tudo para o Ministério Público. Mesmo assim, os advogados insistem que não tiveram acesso completo às provas. Mas no mundo jurídico, quem dorme no ponto, perde a viagem.

O que vem pela frente?

Agora, Moraes decidirá se o caso segue para julgamento na Primeira Turma do STF. Se o plenário aceitar a denúncia, Bolsonaro e os demais envolvidos se tornarão réus e responderão a uma ação penal. No banco dos acusados, o ex-presidente enfrentará imputações pesadas, incluindo:

✅ Organização criminosa armada; ✅ Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; ✅ Golpe de Estado; ✅ Dano qualificado com violência e grave ameaça contra o patrimônio da União; ✅ Deterioração de patrimônio tombado.

Se o caldo entornar e a denúncia for aceita, Bolsonaro e seus aliados terão que se explicar na Justiça. No xadrez da política e da lei, cada jogada conta, e Moraes já mostrou que não deixa peão passar como se fosse rei.

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