Fogo, tragédia e ciúmes: Justiça leva Lilian ao Júri Popular em caso de morte brutal em Marília

Cidade Últimas Notícias

Na novela da vida real que se desenrola na zona norte de Marília, um episódio trágico foi reescrito pela Justiça. O juiz Fabiano da Silva Moreno, da 3ª Vara Criminal do Fórum de Marília, acatou o pedido do Ministério Público e encaminhou Lilian Aparecida Santos, de 29 anos, ao Tribunal do Júri. A acusação? Homicídio triplamente qualificado, envolvendo fogo, ciúmes e uma dose amarga de desespero.

O crime que chocou a Vila Barros

Era noite de 21 de fevereiro de 2022, quando o destino de Camila Bezerra Mariano, de 21 anos, mudou para sempre. Queimaduras graves no rosto e tórax a levaram à UTI, mas nem os esforços dos hospitais de Marília e Limeira conseguiram salvar sua vida. Camila partiu três dias depois, e as ruas da favela da Vila Barros nunca mais foram as mesmas.

O rastro do álcool e das labaredas

Lilian, com um passado marcado por antecedentes criminais, estava fora da cadeia havia poucos dias quando o incidente ocorreu. Sob o efeito de drogas e álcool, uma discussão com Camila – que namorava seu ex-companheiro – terminou em tragédia. Entre acusações, testemunhos conflitantes e laudos periciais, o cenário é uma mistura de versões e emoções à flor da pele.

Uma testemunha afirma que Camila teria iniciado a confusão com provocações e ameaças. Já Lilian, no calor da briga, admite ter jogado álcool na vítima e acendido o isqueiro, mas nega a intenção de matar. Para Lilian, foi o medo que guiou suas ações, acreditando que Camila estava armada com uma faca.

Justiça, ciúmes e droga: um coquetel explosivo

O Ministério Público foi contundente ao apontar qualificadoras no homicídio: motivo fútil, uso de fogo e recurso que dificultou a defesa da vítima. Mesmo com a defesa de Lilian alegando legítima defesa, o juiz considerou os elementos suficientes para levá-la ao Júri Popular.

O que dizem os laudos?

Exames periciais mostraram que Lilian sofre de transtornos mentais relacionados ao uso de crack, mas, segundo os especialistas, sua capacidade de entendimento e autodeterminação estava apenas parcialmente comprometida.

Uma tragédia que deixa perguntas no ar

Entre versões contraditórias e a brutalidade dos fatos, a comunidade se divide: foi um crime premeditado ou o resultado de uma situação fora de controle? O júri terá a missão de decidir o destino de Lilian, enquanto a memória de Camila permanece como um lembrete doloroso do que aconteceu naquela noite.

Comentário do JP Jornal O Popular

“Em terra onde o fogo não apaga feridas, resta à Justiça lançar luz sobre a verdade. Acompanhe os desdobramentos desse caso impactante no JP Jornal O Popular. Quer saber mais? Participe do nosso canal no WhatsApp: 📲 014997973003 e fique por dentro!”

Compartilhar esta notícia agora: