Investimento por Aluno Cresce 50% em 10 Anos, mas Brasil Ainda Engatinha em Relação a Países Desenvolvidos
O investimento na educação básica brasileira registrou um aumento significativo nos últimos dez anos, saltando de R$ 8,3 mil em 2013 para R$ 12,5 mil por aluno em 2023, um crescimento de 50%. Apesar do avanço, o Brasil ainda tem um longo caminho pela frente para alcançar os padrões de países desenvolvidos, como Estados Unidos e Portugal, onde os valores investidos são mais que o dobro dos brasileiros.
Crescimento com sabor de quero mais
Enquanto na América Latina o Brasil supera o México (US$ 2,7 mil), ainda fica atrás da Argentina (US$ 3,9 mil) e do Chile (US$ 6,7 mil). Quando o foco se amplia para países como os Estados Unidos, que investem US$ 14,6 mil, e Portugal, com US$ 10,5 mil, a realidade é como um jogo de “esconde-esconde”: o Brasil se esforça, mas ainda não consegue sair do esconderijo.
Para Daniela Mendes, da ONG Todos Pela Educação, o aumento no investimento é um passo importante, mas não suficiente. “Ainda temos desafios gigantescos na qualidade da infraestrutura, valorização dos professores e combate às desigualdades regionais”, afirma.
A professora Cristiane Rodrigues, que soma 30 anos em sala de aula, reforça: “Investir em educação é como plantar uma árvore: demora a dar frutos, mas vale cada gota de esforço. Material, infraestrutura e professores capacitados são a base de um ensino que forma cidadãos completos, não apenas leitores de livros.”
Fundeb: O combustível do avanço
O aumento dos investimentos foi impulsionado pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que trouxe maior participação da União no financiamento da educação pública. Até 2026, a contribuição federal passará de 10% para 23% do total, um avanço significativo que promete dar mais gás às escolas públicas brasileiras.
“Água mole em pedra dura”
Apesar dos números positivos, especialistas alertam que o investimento não é tudo. “Dinheiro bem aplicado faz toda a diferença. Ampliar o acesso à educação infantil, investir no ensino integral e focar nas crianças em situação de vulnerabilidade são estratégias que podem transformar a realidade educacional brasileira”, explica Daniela Mendes.
O cenário atual é, ao mesmo tempo, promissor e desafiador. A frase popular “quem planta, colhe” resume o momento da educação brasileira. Porém, como apontam os especialistas, é preciso regar as sementes do conhecimento com planejamento e eficiência.
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📰 JP Jornal O Popular comenta: “Educação é investimento, não gasto. Se queremos um futuro brilhante, precisamos apostar hoje em professores valorizados e escolas bem estruturadas. Só assim transformaremos promessas em realidade!”