“163 trabalhadores chineses resgatados de trabalho escravo em obra da BYD no Brasil”

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“Tráfico Internacional e Trabalho Escravo: 163 Chineses Resgatados em Obra da BYD”

Em pleno século XXI, quando se imagina que certas práticas ficaram no passado, a realidade nos prega peças. Recentemente, 163 trabalhadores chineses foram resgatados de condições análogas à escravidão na construção da fábrica da montadora BYD, em Camaçari, Bahia.
Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), esses trabalhadores foram vítimas de tráfico internacional de pessoas. A situação veio à tona após uma fiscalização que revelou condições de trabalho e moradia degradantes. Os operários estavam alojados em espaços superlotados, com camas sem colchões, falta de armários e banheiros insuficientes — em um caso, apenas um banheiro para 31 trabalhadores.
Além disso, os trabalhadores tinham seus passaportes retidos, 60% dos salários confiscados e eram submetidos a jornadas exaustivas, sem folgas regulares. A empresa terceirizada responsável, Jinjiang Construction Brazil Ltda, negou as acusações, atribuindo-as a mal-entendidos culturais e linguísticos.


A BYD, por sua vez, afirmou não tolerar desrespeito às leis brasileiras e à dignidade humana, decidindo encerrar o contrato com a empreiteira e transferir os trabalhadores para hotéis da região.


O caso acendeu um alerta sobre a necessidade de fiscalização rigorosa e cumprimento das normas trabalhistas, independentemente da nacionalidade dos trabalhadores. Afinal, como diz o ditado, “onde há fumaça, há fogo”. É imperativo que as autoridades continuem vigilantes para garantir que situações como essa não se repitam, assegurando condições dignas de trabalho para todos.

Comentário do JP Jornal O Popular:

Este episódio lamentável serve como um lembrete de que a luta por direitos trabalhistas ainda é uma batalha constante. É crucial que empresas e autoridades trabalhem juntas para erradicar práticas abusivas e garantir que todos os trabalhadores sejam tratados com o respeito e a dignidade que merecem.

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