“Governo Solta R$ 7,6 Bilhões em Emendas, Mas Tesoura Cortes Vai Para os Mais Pobres: Promessa de Equilíbrio ou Descaso?”

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Governo libera R$ 7,6 bilhões em emendas parlamentares: Quem quer pão, dá migalhas primeiro

O governo federal deu sinal verde para a liberação de R$ 7,6 bilhões em emendas parlamentares, movimentação que deve acontecer até a próxima segunda-feira (16). Essa decisão marca o início da última semana de votações no Congresso antes das tão esperadas férias de fim de ano, mas como dizem, “quem dá com uma mão, tira com a outra”.

As emendas parlamentares, popularmente conhecidas como a “mesada” dos políticos, são recursos do Orçamento da União que chegam para financiar obras e projetos nos estados. Dessa vez, a maior fatia, cerca de R$ 3,8 bilhões, está reservada para a saúde – um alívio para prefeitos que vivem pedindo “socorro” nos bastidores.

Emendas Pix e paciência curta

Dentro desse bolo, R$ 3,4 bilhões serão destinados às emendas individuais – aquelas que vão direto para os parlamentares. E destas, a maioria, R$ 3,19 bilhões, será transferida via “emendas Pix”, apelido que caiu como uma luva, já que o dinheiro pinga direto nas contas das prefeituras ou governos estaduais sem demora.

“É dinheiro que chega rápido, mas a cobrança vem mais ligeira ainda”, brincou um deputado nos corredores do Congresso, enquanto a tensão com as novas regras do Supremo Tribunal Federal (STF) não dá trégua. A transparência cobrada pelo STF gerou desconforto na Câmara, que interpretou a mudança como “uma jogada ensaiada” com o governo.

Para amenizar o clima de “fogo cruzado”, o Planalto publicou uma portaria com diretrizes que equilibram as exigências de transparência do STF e as demandas da Câmara. Como diz o ditado, “quem quer agradar a todos, termina agradando ninguém”.

Pacote de cortes: Remédio amargo ou solução?

O governo não está apenas soltando a grana, mas também pedindo sacrifícios. Na mesa de negociações está o pacote de cortes de gastos, que promete economizar R$ 375 bilhões em cinco anos. Dentre as propostas, a obrigatoriedade de biometria para benefícios sociais, limites para reajustes do salário mínimo e a possibilidade de bloquear emendas parlamentares caso o orçamento esteja no vermelho.

“Esse pacote é igual remédio ruim: ninguém quer, mas é preciso engolir”, resumiu um senador. A oposição já apelidou a medida de “pacote da tesoura”, enquanto aliados do governo tentam justificar que “é melhor apertar o cinto do que perder as calças”.

A conta da austeridade

Embora o governo defenda que o objetivo final é equilibrar as contas públicas e conter a inflação, as medidas, principalmente as que restringem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) para os mais pobres, têm gerado críticas pesadas. Afinal, cortar de quem já tem pouco é como “tirar água de pedra”.

🔍 Comentário do JP Jornal O Popular:
“Dinheiro para obras sempre aparece, mas para cuidar de quem mais precisa, a fila anda devagar. Enquanto o governo tenta agradar o Congresso com um ‘pix’ de emendas, quem paga a conta da austeridade são os mais vulneráveis. Será que dessa vez o remédio não vai sair mais caro que a doença?”

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