Corrupção, prisões e desfecho: Ex-tesoureira e família caem na malha da Justiça em Santa Cruz do Rio Pardo (SP)
Quem faz do dinheiro público sua mina de ouro, cedo ou tarde, acaba descobrindo que “o crime não compensa”. Em uma reviravolta aguardada pela população, a ex-tesoureira da Prefeitura de Santa Cruz do Rio Pardo, Sueli de Fátima Feitosa, foi finalmente capturada pela Polícia Militar, junto com sua irmã Camila e o cunhado Adilson, após um esquema de corrupção milionário que abalou a cidade.
Sueli, condenada a impressionantes 21 anos e 4 meses de prisão em regime fechado, protagonizou um desvio astronômico de mais de R$ 10 milhões dos cofres públicos, resultado de 2.291 operações fraudulentas entre 2002 e 2016. Enquanto isso, a irmã e o cunhado, parceiros no esquema, também receberam penas de 10 anos de prisão cada um pelos crimes de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Como diz o ditado, “quem anda com porco, farelo come”.
A prisão que não teve resistência, mas trouxe alívio à população
A operação que prendeu Sueli ocorreu sem maiores alardes. Localizada em sua residência, ela não ofereceu resistência à abordagem policial. Após ser conduzida à Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Santa Cruz do Rio Pardo, foi transferida para Ourinhos, onde participou de uma audiência de custódia que reafirmou sua condenação.
Camila e Adilson também foram detidos sem incidentes e encaminhados às respectivas unidades prisionais. Segundo o delegado responsável pelo caso, Renato Mardegam, não há previsão de soltura para o trio, já que todos os recursos judiciais foram esgotados e as condenações são definitivas.
Um esquema de longa data desvendado pelo Ministério Público
O modus operandi de Sueli era engenhoso, mas não infalível. Como responsável pela conciliação bancária das contas municipais, ela manipulava o sistema da administração pública, desviando valores para benefício próprio e de seus comparsas. Imóveis, veículos e até mesmo a abertura de empresas com dinheiro público estavam entre as práticas utilizadas para lavar o montante desviado.
Após anos de investigação, a denúncia do Ministério Público, ajuizada em 2020, foi fundamental para desmantelar o esquema. As condenações, que inicialmente pareciam distantes, agora são realidade. Como bem diz o povo: “a Justiça tarda, mas não falha”.
JP Jornal O Popular
“Desviar dos princípios da honestidade é abrir mão da confiança do povo e da própria liberdade. Que este caso sirva de alerta: quem faz do erário seu próprio cofre, cedo ou tarde, pagará a conta. No JP Jornal O Popular, a verdade e a transparência sempre terão vez e voz.”