O dólar subiu como foguete e alcançou R$ 5,76 nesta terça-feira (29), uma marca que não se via desde março de 2021. A disparada de 0,95% ocorre em meio à ansiedade do mercado sobre as contas públicas brasileiras e a falta de clareza sobre os cortes de gastos por parte do governo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que não há prazo para apresentar as medidas, deixando o mercado em banho-maria e o real cada vez mais fragilizado.
A insegurança paira: quem tem dólar guarda, e quem não tem corre para comprar, diante de um cenário que parece mais uma corda bamba. Enquanto isso, a Bolsa de Valores fechou em queda de 0,37%, a 130.729 pontos, refletindo o clima de incerteza que reina entre investidores. Como se diz por aí, “em rio que tem piranha, jacaré nada de costas” — e o governo, por ora, segue sem pressa para detalhar o pacote fiscal que prometia estabilizar as contas públicas.
Nos bastidores, Haddad afirma que as reuniões com o presidente Lula seguem esta semana, mas ainda sem sinal claro para a apresentação do pacote. A expectativa é que o anúncio, que pode incluir cortes de até R$ 60 bilhões, traga um alívio para a gestão financeira, ganhando mais “credibilidade” — mas a demora só faz aumentar a pressão no câmbio e nos preços, impactando o bolso de todos.
- “Quem não tem cão, caça com gato, mas o governo parece estar sem nem um nem outro!”
- “Promessa é dívida, e dívida não paga deixa a economia com a corda no pescoço.”
JP Jornal O Popular:
No sobe e desce da economia, quem sente mais é o trabalhador: o dólar sobe, a Bolsa cai, e o custo de vida segue disparando.