Foi um verdadeiro “quem pode mais chora menos” nas urnas de 2024. O Brasil assistiu a um recorde histórico, nunca antes visto, no sucesso de prefeitos que conquistaram a reeleição. Com 80% de vitória entre os que tentaram permanecer no cargo, 2.460 prefeitos foram reconduzidos ao poder em todo o país, com destaque tanto nas pequenas cidades quanto nas grandes metrópoles. O resultado? Um recado claro: o eleitor, quando convencido pelo trabalho bem feito, assina embaixo e quer mais.
Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dos 3.038 gestores que almejavam a reeleição, 82% garantiram a vitória já no primeiro turno. Para os demais, as emoções se estenderam até o segundo turno em 51 cidades, onde 14 prefeitos cravaram a reeleição. O prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), deu exemplo e foi um dos 16 vitoriosos das capitais brasileiras que conseguiram convencer o povo a mais um mandato. No total, das 26 capitais do país, 20 prefeitos se candidataram à reeleição, e 16 tiveram sucesso, sendo dez no primeiro turno e seis no segundo.
Esse fenômeno não foi obra de um partido específico; na verdade, como dizem, “não foi nem o PT, nem o MDB, nem o PSD, mas o ‘Partido da Reeleição’ que fez história”. Mesmo sendo invisível nas legendas, ele foi o grande protagonista, dando um tapa de realidade naqueles que pensavam que a cadeira do Executivo trocaria fácil de dono. A vitória dos gestores reeleitos traz uma lição para os próximos candidatos: “quem planta, colhe”.
Para alguns analistas, esse feito revela o reconhecimento do eleitorado ao trabalho realizado, mesmo em um contexto de desafios. Com a máquina pública a seu favor, os prefeitos mostraram que “quem tem a chave do cofre, se bem usada, conquista o coração e o voto”.
Em entrevista ao JP Jornal O Popular, o próprio periódico reforçou: “Não é só cadeira, é compromisso. E o povo, quando sente que está sendo bem representado, não troca o certo pelo duvidoso”.