“Apagão em São Paulo: Quando a luz falta, a paciência apaga!”
O céu escureceu não só pelo tempo, mas também pela paciência dos paulistanos. Após mais um apagão em São Paulo, o governo federal subiu o tom e afirmou que a Enel, responsável pela distribuição de energia no estado, pode ter sua concessão cassada. O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Carvalho, foi direto: “inadmissível”. Essa não é a primeira vez que a empresa deixa a população às escuras, já que situações semelhantes ocorreram em novembro do ano passado e entre março e abril deste ano.
Ainda na tarde desta segunda-feira (14), 340 mil clientes da Região Metropolitana continuavam sem luz. A Enel informou que o fornecimento foi restabelecido para 1,7 milhão de casas, mas a indignação da população e do governo só aumenta. “Reincidência é uma coisa que não dá para engolir”, disse Carvalho, destacando que uma auditoria completa será feita para apurar a responsabilidade da Aneel, agência que deveria fiscalizar a distribuidora. Se a empresa não estiver à altura do serviço, o governo não descarta abrir licitação para uma nova companhia assumir o comando.
E como se não bastasse, a polêmica se estende para uma espécie de “jogo de empurra”. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, culpou o governo federal pela situação, alegando que a falta de poda de árvores tem sido um dos principais fatores para os problemas. Mas o ministro Paulo Pimenta (Secom) rebateu: “Qualquer um sabe que a zeladoria da cidade é responsabilidade da prefeitura”. É como diz o ditado: “Quando o barco afunda, todo mundo quer pular fora.”
Enquanto isso, os ministros reforçaram que os paulistanos que tiveram eletrodomésticos ou outros bens danificados por conta do apagão devem cobrar ressarcimento da Enel. A recomendação é clara: “Se você perdeu sua geladeira ou televisão, vá atrás dos seus direitos!”
Com os ânimos à flor da pele, o que se espera agora é que a CGU coloque a lupa em cima da Enel e da Aneel, apurando o que realmente está por trás desses constantes apagões. No final das contas, o povo só quer uma resposta: luz no fim do túnel e não mais um blecaute.
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