PREFEITO DAVOLI E O USO POLÍTICO DO UNIFORME ESCOLAR: UMA MANOBRA ÀS CLARAS
O JP Jornal O Popular, que tem sido a voz do povo, recebe de um munícipe indignado a denúncia de que, após o inverno, o prefeito Davoli entregou uniformes escolares com o claro intuito de fazer politicagem. Para piorar, o prefeito utilizou em seu perfil nas redes sociais a foto de uma criança com o uniforme, acompanhado do número de sua campanha, pedindo votos.
No interior do Brasil, é comum dizer que “quem planta vento, colhe tempestade”, e parece que o prefeito Davoli está prestes a enfrentar um vendaval. Em uma jogada que não passa despercebida, a distribuição de uniformes escolares a três meses do fim do ano letivo em pleno ano eleitoral chama a atenção e levanta suspeitas de uso eleitoreiro da máquina pública.
Davoli, que busca a reeleição, distribuiu uniformes aos alunos da rede municipal de ensino, mas o que poderia ser visto como um gesto de cuidado com a educação escancara uma estratégia política: garantir votos entre os pais e responsáveis desses estudantes. “Quando a esmola é muita, o santo desconfia”, e aqui não é diferente. O que era para ser um benefício, dado no início do ano letivo, foi adiado e entregue justamente no auge da campanha eleitoral, com direito a desfile e publicações nas redes sociais.
O histórico da compra dos uniformes reforça as críticas. Em abril de 2024, a Prefeitura abriu a licitação para a compra dos uniformes, mas no mês seguinte, a licitação foi suspensa. Curiosamente, no início de julho, já em período eleitoral, o Diário Oficial do Município publicou a compra dos uniformes sem licitação, ao custo de R$ 331.012,00, uma quantia que não passou despercebida pelos olhos atentos da população. "Quem quer fazer faz, quem não quer, arruma uma desculpa". E a desculpa aqui parece ser a política.
Segurando a entrega até o início de setembro, já com as eleições batendo à porta, o prefeito fez questão de transformar a distribuição em um grande evento. Pais, alunos e eleitores foram convidados a assistir a um desfile, com as crianças uniformizadas. A jogada é clara: usar a imagem de crianças, um tema sensível, para ganhar a simpatia dos eleitores. “Quem não chora, não mama”, e o prefeito parece estar fazendo de tudo para mamar mais um mandato.
Documentos oficiais mostram a estratégia bem articulada: primeiro, suspende-se a licitação, depois, faz-se a compra sem o devido processo, e por fim, entrega-se os uniformes quando é conveniente para a campanha. A matemática é simples: com cerca de mil alunos beneficiados, são cerca de dois mil votos em potencial, o que pode ser decisivo em uma cidade com pouco mais de sete mil eleitores.
O prefeito Davoli, que já não forneceu uniformes nos anos de 2021 e 2022, parece ter escolhido o momento exato para se apresentar como o “bonzinho” da história, mas a verdade é que “por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento”. A manobra pode ter agradado alguns, mas escancara o uso do poder público para fins pessoais e eleitorais.
Essa prática levanta um questionamento importante: o quanto é ético mexer com um tema tão sensível quanto a educação para conquistar votos? A confiança da população, que deveria ser conquistada com trabalho sério e transparente, se vê traída por ações oportunistas. Afinal, “nem tudo que reluz é ouro”.
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