Caminhoneiro é feito refém e tem caminhão roubado após cair em golpe de falso frete

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Caminhoneiro cai em golpe de falso frete e é feito refém em Garça: ‘Lágrima não move caminhão, mas dor do roubo é pesada’

Um caminhoneiro de 64 anos, morador de Arroio dos Ratos (RS), foi vítima de um golpe cruel que o fez refém por quase 24 horas no interior de São Paulo. Ele foi atraído a Garça para um suposto frete, mas acabou caindo na armadilha de três criminosos que o renderam e roubaram seu caminhão semirreboque, celular e objetos pessoais.

Segundo o boletim de ocorrência, o golpe começou de maneira simples: uma troca de mensagens para combinar o frete. O caminhoneiro seguiu as instruções e, no dia 12 de setembro, chegou ao Distrito Industrial de Garça, no horário marcado, às 6h40. Lá, foi recebido por um homem que se identificou como funcionário da empresa, fingindo realizar uma vistoria no caminhão. Em poucos minutos, o cenário mudou. Outros dois homens surgiram em um carro, um deles armado, e anunciaram o assalto.

Sem saída, o caminhoneiro foi levado pelos criminosos para um local isolado, onde passou quase um dia inteiro em um quarto com banheiro. Ele não foi agredido, mas foi obrigado a realizar uma transferência via Pix para os assaltantes. Durante as horas de cativeiro, os criminosos mantiveram o idoso preso, mas forneceram alimentação, o que só reforça a crueldade e o planejamento do golpe. Só na madrugada do dia 13 de setembro, por volta das 3h, ele foi libertado em uma estrada de terra na zona rural de Gália, uma cidade próxima. Desnorteado, caminhou até conseguir pedir ajuda.

Os criminosos fugiram levando o caminhão, o semirreboque e todos os pertences da vítima. A Polícia Civil investiga o caso como roubo qualificado, extorsão mediante restrição de liberdade e associação criminosa. Até o momento, os suspeitos seguem foragidos e o caminhão não foi localizado.

Como diz o velho ditado, “quem planta vento, colhe tempestade”. Mas nesse caso, quem colheu a dor foi o caminhoneiro, que segue sem notícias de seu caminhão, o principal meio de sustento. A lição amarga fica: nunca é demais estar atento a negociações feitas à distância.

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