Governo Reativa Bandeira Vermelha na Conta de Luz Após Três Anos: Energia Fica Mais Cara

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Após três anos, o governo federal decidiu reativar a bandeira tarifária vermelha nas contas de luz, refletindo o agravamento da estiagem no país e a consequente redução nos níveis dos reservatórios das hidrelétricas. A medida, anunciada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na última sexta-feira (30), significa um aumento direto no custo da energia elétrica para consumidores residenciais e empresariais em todo o Brasil.

Com a nova tarifa, o custo adicional será de R$ 7,88 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos. Em uma residência urbana comum, cujo consumo médio varia entre 150 kWh e 200 kWh mensais, esse aumento impactará significativamente as finanças domésticas, especialmente em tempos de alta demanda por energia.

A reativação da bandeira vermelha indica um cenário de geração de energia mais custosa, provocado pela seca que afeta a região Norte do país. Com a redução da capacidade de geração das usinas hidrelétricas, a necessidade de acionar usinas termelétricas, que operam com custos mais elevados, torna-se inevitável. Este quadro reflete a complexidade da gestão energética em momentos de crise hídrica.

A última vez que a bandeira vermelha foi acionada ocorreu em agosto de 2021, durante a crise hídrica que assolou o país. Em resposta àquela situação extrema, a Aneel instituiu a bandeira “escassez hídrica”, que impôs o maior custo adicional já registrado no sistema tarifário brasileiro. Essa bandeira vigorou até abril de 2022, quando as condições dos reservatórios permitiram a retomada da bandeira verde, que não impõe cobranças extras na conta de luz.

Em março deste ano, a Aneel havia aprovado uma redução de até 37% nos valores das bandeiras tarifárias, justificada pela melhora nas condições dos reservatórios. Com esse ajuste, os preços das bandeiras foram estabelecidos da seguinte forma:

  • 🟩 Bandeira Verde: condições favoráveis de geração de energia – sem custo extra;
  • 🟨 Bandeira Amarela: condições menos favoráveis – tarifa de R$ 18,85 por MWh (ou R$ 1,88 a cada 100 kWh);
  • 🟥 Bandeira Vermelha Patamar 1: condições desfavoráveis – tarifa de R$ 44,63 por MWh (ou R$ 4,46 a cada 100 kWh);
  • 🟥 Bandeira Vermelha Patamar 2: condições muito desfavoráveis – tarifa de R$ 78,77 por MWh (ou R$ 7,87 a cada 100 kWh).

A reativação da bandeira vermelha é um alerta sobre a fragilidade do sistema energético brasileiro frente a crises hídricas e o impacto direto que estas têm nas contas de luz dos consumidores. Com a seca severa e a pressão sobre as usinas termelétricas, a expectativa é de que o custo da energia continue elevado, exigindo dos consumidores maior atenção ao consumo consciente para minimizar os impactos no orçamento familiar.

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