No último julgamento, realizado na quarta-feira (21) no Fórum de Marília, o autônomo Claudinei Araújo da Silva foi condenado a seis anos de prisão pelo assassinato de Raul Abreu Bittencourt, crime ocorrido em outubro de 2012, em Vera Cruz, cidade vizinha a Marília. A decisão foi recebida com surpresa por alguns, mas a justiça, como se diz, “tarda, mas não falha”.
O caso, que já estava pendente há mais de uma década, finalmente teve um desfecho. Após intensos debates entre defesa e acusação, os jurados acolheram a tese apresentada pelo Ministério Público (MP), que apontou Silva como culpado por homicídio simples. A juíza da 1ª Vara Criminal de Marília, Josiane Patrícia Cabrini Martins Machado, aplicou a pena de seis anos em regime semiaberto, mas deu uma colher de chá ao revogar a prisão preventiva, permitindo que Claudinei recorra da decisão em liberdade. Como diz o ditado, “quem não deve, não teme”, mas, nesse caso, o réu terá de aguardar o desenrolar dos próximos capítulos fora das grades.
O crime
O assassinato ocorreu na madrugada do dia 20 de outubro de 2012, por volta das 2h30, na rua General Osório, bem no coração de Vera Cruz. Segundo a denúncia do MP, Claudinei estava em seu carro, acompanhado da namorada, quando foi abordado pela vítima, Raul Bittencourt, que o obrigou a descer do veículo. A confusão rapidamente escalou, e Bittencourt agrediu Claudinei com chutes. Sentindo-se acuado e sem outra alternativa, Claudinei sacou um canivete e desferiu um golpe fatal em Raul, que veio a óbito no local.
O veredicto reacende a discussão sobre justiça e defesa própria, com muitos questionando se o desfecho teria sido diferente em outras circunstâncias. Como diz o velho provérbio, “cada caso é um caso”, e este, certamente, não foi exceção. Agora, resta saber como Claudinei Araújo da Silva vai enfrentar o restante do processo, com a sombra de uma condenação sobre seus ombros.
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