João Pinheiro, Pré-candidato a Prefeito de Marília, Enfrenta Condenação por Estelionato

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O empresário João Henrique Pinheiro, conhecido em Marília como dono da empresa Sugar Brazil, está no centro de uma controvérsia que pode abalar sua candidatura à Prefeitura de Marília pelo PRTB. Condenado a 2 anos e 6 meses de reclusão por crime de estelionato em primeira instância, o pré-candidato enfrenta um momento crítico em sua trajetória política. A decisão, proferida pelo juiz Dr. Fabiano da Silva Moreno, da 3ª Vara Criminal do Fórum de Marília, ainda cabe recurso, mas já levanta questionamentos sobre a viabilidade de sua campanha.

O Caso que Abalou a Candidatura

Conforme a denúncia do Ministério Público, João Pinheiro foi acusado de vender 9 tanques de armazenamento de álcool, além de toda a tubulação e cabos elétricos correspondentes, que pertenciam à empresa Bioserv Bioenergia S/A, localizada em Morro Agudo (SP), região de Ribeirão Preto. O material foi vendido em 2018 para uma empresa de montagens e desmontagens de São Paulo por R$ 369.500. No entanto, o comprador descobriu que João Pinheiro não havia pago à Bioserv, e que o contrato estipulava que os tanques só poderiam ser retirados após o pagamento, o que nunca ocorreu.

A vítima, ao perceber que havia sido enganada, relatou que João Pinheiro ofereceu um terreno como ressarcimento, mas a área em questão não existia, e o documento era forjado. “João Henrique primeiro deu uma área que disse valer muito dinheiro, mas ao averiguar, a área não existia, e se existisse, o valor venal seria em torno de R$ 20 mil”, revelam os autos dessas graves acusações.

Além disso, o juiz destacou na sentença que João Pinheiro emitiu cheques sem fundos e tentou se esquivar de sua responsabilidade, o que reforçou as acusações contra ele. “A conduta posterior do acusado apenas corrobora a imputação que lhe foi formulada pelo Ministério Público”, afirmou o juiz Dr. Fabiano da Silva Moreno.

Repercussão e Impactos na Campanha

Mesmo com a condenação, João Pinheiro segue com sua campanha para a Prefeitura de Marília. Sua chapa foi uma das primeiras a ser registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e ele continua a se apresentar como uma opção viável para os eleitores. No entanto, a sombra da condenação por estelionato pode afetar seriamente suas chances de sucesso nas urnas, principalmente em um cenário onde a credibilidade e a ética dos candidatos são cada vez mais valorizadas.

Uma pesquisa divulgada em julho mostrou que Pinheiro possui apenas 2,1% das intenções de voto, um número que pode ser reflexo tanto da pouca popularidade quanto das polêmicas que cercam seu nome. A condenação, mesmo que revertida em instâncias superiores, já lança dúvidas sobre a sua capacidade de liderar a cidade com integridade.

A população de Marília agora se vê diante de um dilema: confiar em um candidato com um histórico manchado por decisões judiciais ou buscar outras opções que possam oferecer um governo mais transparente e confiável. João Pinheiro pode continuar sua campanha, mas terá que enfrentar as consequências de seus atos passados, tanto nas urnas quanto na opinião dos eleitores de Marília.

Consultado sobre a sentença, João Pinheiro alega inocência e diz que vai recorrer.

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