Oito Pedágios do Centro-Oeste Paulista Ficam Mais Caros a Partir Desta Terça-Feira
Reajuste nas tarifas provoca revolta entre caminhoneiros e usuários das rodovias
Os valores das tarifas de pedágio em oito praças da concessionária Eixo SP ficarão 3,69% mais caros a partir da 0h desta terça-feira (4), no centro-oeste paulista. O reajuste, que corresponde ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi homologado pela Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp) e publicado no dia 27 de maio no Diário Oficial.
As rodovias afetadas pelo aumento são a Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), a Engenheiro Paulo Nilo Romano (SP-225), a Geraldo de Barros (SP-304), a Manílio Gobbi (SP-284) e a Lourenço Lozano (SP-293), impactando diretamente as cidades de Piratininga, Garça, Oriente, Dois Córregos, Jaú, Torrinha, Paraguaçu Paulista e Cabrália Paulista.
Impacto nas tarifas:
- Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), Piratininga:
- Veículos de passeio: R$ 11,80 (manual) e R$ 11,21 (automática)
- Motos: R$ 5,90
- Veículos comerciais (2 a 9 eixos): de R$ 23,60 a R$ 106,30 (manual)
- Rodovia Engenheiro Paulo Nilo Romano (SP-225), Jaú:
- Veículos de passeio: R$ 13,30 (manual) e R$ 12,63 (automática)
- Motos: R$ 6,60
- Veículos comerciais (2 a 9 eixos): de R$ 26,60 a R$ 119,70 (manual)
E assim por diante para as demais praças de pedágio mencionadas.
Revolta dos Caminhoneiros
O aumento das tarifas gerou uma onda de insatisfação entre caminhoneiros e demais usuários das rodovias. Para muitos, o reajuste é visto como mais um golpe em meio a um cenário econômico já desafiador.
João Carlos da Silva, caminhoneiro há 20 anos, desabafou sobre o impacto financeiro. “A cada aumento de pedágio, o nosso trabalho se torna mais difícil. Mal conseguimos pagar as despesas básicas. Parece que eles não se importam com a gente”, afirmou João, que faz a rota entre São Paulo e Mato Grosso do Sul semanalmente.
Roberto Mendes, outro caminhoneiro que percorre a SP-294 regularmente, compartilha da mesma indignação. “O pedágio já é caro demais e agora fica ainda pior. É um abuso contra quem trabalha duro para sustentar a família. Estamos sendo explorados enquanto as condições das estradas nem sempre são as melhores”, declarou Roberto, ressaltando que muitas vezes os reajustes não correspondem a melhorias significativas na infraestrutura rodoviária.
Considerações Finais
Enquanto a Eixo SP e a Artesp defendem que o reajuste é necessário e previsto em contrato, os usuários das rodovias, especialmente os caminhoneiros, sentem o peso das novas tarifas. A expectativa é que esse aumento gere debates e pressões para que haja uma revisão nas políticas de pedágio, buscando um equilíbrio entre os custos e a prestação de serviços de qualidade nas estradas do centro-oeste paulista.