Tribunal condena desempregado a 16 anos de prisão por tentativa de homicídio contra ex-sogro
Em um julgamento que se estendeu até a noite de quarta-feira (22), Jonathan Moreira Magalhães, desempregado, foi condenado a 16 anos de prisão em regime fechado pela tentativa de homicídio contra seu ex-sogro. O crime ocorreu em julho de 2017.
Os jurados acataram a tese apresentada pelo promotor Rafael Abujamra, condenando Magalhães por tentativa de homicídio qualificado, devido ao motivo torpe e ao recurso que dificultou a defesa da vítima. A sentença foi proferida pela juíza da 1ª Vara Criminal, Josiane Patrícia Cabrini Martins Machado, que negou ao réu o direito de recorrer em liberdade.
O Caso
De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP), Magalhães manteve um relacionamento com a filha da vítima e culpava o ex-sogro pelo término. Em retaliação, no dia 9 de julho de 2017, ele armou uma emboscada contra o ex-sogro. A vítima, ao sair de sua residência e caminhar pela avenida Florêncio de Carvalho, foi alvo de dois tiros disparados por Magalhães, que estava na garupa de uma motocicleta. Os tiros, no entanto, não acertaram o ex-sogro.
Após o ataque, Magalhães telefonou para a ex-companheira, questionando se havia acertado o padrasto e, diante da resposta negativa, ameaçou retornar para consumar o crime.
Histórico Criminal
Este é o primeiro julgamento que Magalhães enfrenta, porém, ele é réu em outros dois processos por homicídio. Ele é acusado de participar do assassinato do estudante Mateus Henrique Pereira da Silva, de 16 anos, ocorrido em novembro de 2020, em uma chácara no distrito de Padre Nóbrega. A investigação da Polícia Civil revelou que o crime foi motivado por um desentendimento entre grupos dos bairros Jânio Quadros e Parque das Azaleias. Mateus foi morto por engano, atingido no tórax e não resistiu aos ferimentos.
Magalhães também é réu no processo pelo duplo homicídio de Carla Silva de Moraes, uma gestante de 25 anos, e do zelador Manoel da Silva Barreto, de 36 anos, ocorrido em novembro de 2020, em um bar na zona sul da cidade. A investigação indicou que o crime foi motivado por um desacerto no tráfico de drogas, em que o irmão do zelador teria subtraído droga de um traficante, resultando na condenação de morte de ambos. Carla Silva morreu por um disparo acidental dos criminosos.