Estado de São Paulo à Beira do Marco de 1 Milhão de Casos de Dengue
O estado de São Paulo enfrenta uma escalada alarmante no número de casos de dengue, aproximando-se perigosamente do marco de 1 milhão de casos confirmados. De acordo com os últimos dados do Painel de monitoramento da Secretaria Estadual da Saúde, são 922.139 casos já confirmados, enquanto quase 200 mil ainda estão sob investigação.
Com números tão expressivos, o cenário é de preocupação crescente. O estado já registrou 587 mortes confirmadas pela doença, com outras 719 ainda em investigação. Além disso, 1.092 casos da forma grave da dengue foram identificados, enquanto outros 10.468 apresentaram sinais de alarme. A maioria dos casos, cerca de 910.579, são considerados leves.
A capital, São Paulo, lidera o trágico ranking de mortes, com 105 vidas perdidas para a doença. Porém, outras cidades como Jacareí, Guarulhos e São José dos Campos também enfrentam uma situação crítica, com 47, 35 e 35 mortes respectivamente.
No contexto nacional, o Brasil já ultrapassou a marca de 2 mil mortes causadas pela dengue, além de registrar mais de quatro milhões de casos. Esses números representam o pior cenário desde o início da série histórica, em 2000.
Entenda o Cenário:
A dengue é uma doença que pode afetar uma pessoa até quatro vezes ao longo de sua vida, devido à possibilidade de infecção pelos quatro diferentes sorotipos do vírus. Uma vez exposta a um determinado sorotipo e recuperada da doença, a pessoa desenvolve imunidade apenas para aquele tipo específico.
Entre os estados mais afetados, além de São Paulo, estão Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, Goiás, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Sul.
O sorotipo 1 é o mais prevalente no Brasil e foi registrado em todos os estados. O sorotipo 2 segue em seguida, presente em 24 estados e no Distrito Federal.
É importante destacar que os quatro sorotipos de dengue circulam simultaneamente no país, com Minas Gerais sendo o único estado até o momento a registrar a presença de todos os sorotipos simultaneamente.
Os quatro sorotipos do vírus (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4) têm potencial para causar as diferentes formas da doença, ampliando o desafio no combate à epidemia.