Tragédia em Botucatu: Jovem morre em explosão de galão de álcool
Uma tragédia abalou a cidade de Botucatu (SP) nesta segunda-feira (29), com a morte de uma jovem de 21 anos, vítima de graves queimaduras após uma explosão de um galão de álcool. Ana Júlia Albertino estava no seu local de trabalho, uma cozinha de restaurante, no último sábado (27), quando o incidente ocorreu.
De acordo com informações da Polícia Civil, Ana Júlia estava realizando uma tarefa comum ao seu serviço, reabastecendo um réchaud com álcool, quando o galão explodiu de forma inesperada, lançando chamas que a atingiram violentamente. O Corpo de Bombeiros relatou que o fogo se propagou rapidamente, alcançando outros recipientes de álcool e culminando na explosão que resultou nas queimaduras fatais.
A jovem foi socorrida em estado grave e levada ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB), porém, infelizmente, não resistiu, vindo a falecer em decorrência de uma parada cardiorrespiratória.
O restaurante onde Ana Júlia trabalhava, o “Fair Play Sport Bar”, manifestou seu pesar pelo ocorrido através das redes sociais, descrevendo a colaboradora como parte da família do estabelecimento. A equipe do restaurante afirmou ter prestado os primeiros socorros à vítima e ofereceu apoio à sua família neste momento de dor.
Este trágico incidente desencadeou uma ação imediata, resultando na proibição da venda de álcool líquido 70% em supermercados e demais estabelecimentos comerciais a partir desta terça-feira (30). A medida foi determinada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como uma resposta à alta inflamabilidade deste tipo de álcool. Vale ressaltar que a proibição não afeta a comercialização do álcool 70% em gel, amplamente utilizado como medida de prevenção contra a Covid-19.
Apesar de sua proibição anterior por mais de duas décadas devido ao risco que apresentava, a venda do álcool líquido 70% havia sido flexibilizada pela Anvisa durante a pandemia da Covid-19, em razão de sua importância para a higienização e desinfecção de superfícies. No entanto, este trágico evento reforça a necessidade de revisão das políticas de segurança relacionadas ao manuseio e armazenamento de substâncias inflamáveis, visando prevenir futuras tragédias como esta.
