A obra, inicialmente orçada em R$ 400 mil, já levantava suspeitas sobre sua eficácia, conforme alertado pelo “JP JORNAL O POPULAR” em sua edição de 17 de fevereiro.(https://jpopopular.com.br/2024/02/17/prefeito-de-vera-cruz-e-acusado-de-incompetencia-obras-desastrosas-provocam-caos-na-rua-13-de-maio/). Contudo, o prefeito Davoli e seu grupo nas redes sociais optaram por ignorar o alerta, preferindo atacar o jornal.
No início de março, de forma inexplicável, a obra foi paralisada. Antevendo o pior, os moradores solicitaram uma cópia integral do processo de licitação, até agora não liberado pela prefeitura.
Um desastre anunciado pelos moradores, que previam que as valas profundas abertas na rua, as pedras do calçamento retiradas e empilhadas na lateral, resultariam em calamidade caso chovesse.
Com as aguardadas chuvas de março, ignoradas pelo Diretor de Obras, a Rua 13 de Maio se transformou em um caos, com inundações nas ruas, quintais e casas, causando desespero e grandes prejuízos materiais à população, que perdeu eletrodomésticos, roupas, utensílios e alimentos.
Uma árvore com raízes expostas caiu sobre uma casa, causando danos significativos, embora felizmente não tenha ferido nenhum morador.
Revoltados, os moradores exigem o fim desse pesadelo, clamando por acesso à licitação e ao projeto de engenharia, bem como ao memorial físico-financeiro e orçamentário, para que providências sejam tomadas junto às autoridades competentes.
No entanto, a situação é agravada pela postura do vereador Ari Bernardes, que, em um vídeo, zomba da população atingida pela inundação, atribuindo ao prefeito Davoli a “dádiva” da chuva, em um ato de total desprezo pelos moradores da Rua 13 de Maio, uma das regiões mais humildes da cidade.
Especialistas em direito público concordam que o vereador agiu com falta de decoro parlamentar, sujeitando-se à avaliação do próprio Poder Legislativo Municipal e abrindo espaço para representação junto ao Ministério Público, que tem como missão defender os direitos difusos da sociedade. Um representante do povo não pode zombar daqueles que jurou servir, como fez o referido edil.
