Em resposta à crescente ameaça de doenças transmitidas por mosquitos, como a dengue, o governo de São Paulo anuncia a distribuição de 300 mil unidades de repelentes especialmente destinados a gestantes. Com quase 215 mil casos confirmados de dengue no estado e 44 cidades já em estado de emergência, a escassez de repelentes no mercado tornou-se uma preocupação em muitas regiões.
A iniciativa visa atender cerca de 50 mil gestantes, um grupo considerado de alto risco para doenças como dengue, chikungunya e zika. Grávidas afetadas pela dengue enfrentam maior probabilidade de necessitar de internação, especialmente se contraírem a doença nos últimos três meses de gestação.
“Como as grávidas possuem um volume sanguíneo aumentado, apresentam maior risco de complicações graves, como acúmulo de líquido no pulmão e no abdômen, o que é motivo de preocupação”, afirma Evelyn Traima, médica da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO).
Além da distribuição de repelentes, o governo também oferecerá apoio aos municípios para aquisição centralizada de insumos essenciais, como soro de hidratação, analgésicos e antitérmicos. Um comitê de investigação de óbitos foi anunciado para agilizar casos não confirmados.