JP Jornal O Popular desvenda o #FATO e o #FAKE nas medidas caseiras contra a dengue
Com a epidemia de dengue em ascensão no país, surgem na internet vídeos com milhões de visualizações que recomendam desde armadilhas caseiras contra o mosquito até tratamentos para a doença. Mas o que é realmente eficaz e o que é apenas #FAKE?
Repelente caseiro: Um influenciador do TikTok compartilha uma receita de repelente caseiro feito com limão, cravo e vela, alegando eficácia. É #FAKE! Especialistas alertam que repelentes caseiros agem apenas na pele humana, alterando o cheiro corporal para confundir os mosquitos. A chefe do laboratório de Biologia Molecular de Insetos da Fiocruz, Rafaela Vieira Bruno, recomenda o uso de repelentes aprovados pela Anvisa.
‘Suco milagroso’: Circula nas redes sociais um “suco milagroso” à base de inhame, maçã, laranja e limão, que promete curar a dengue e aumentar as plaquetas sanguíneas. É #FAKE! Não há comprovação científica de que qualquer dieta específica possa tratar a dengue. O infectologista Rafael Galliez ressalta que o corpo é capaz, ao longo da evolução da infecção, de recuperar a produção normal de plaquetas.
Borra de café: A queima de borra de café como fumigação caseira para afastar mosquitos é outro mito. É #FAKE! A bióloga Rafaela Vieira Bruno explica que o cheiro da borra de café não tem substâncias químicas eficazes para afastar o Aedes aegypti. A recomendação é utilizar telas mosquiteiras para impedir a entrada do mosquito em casa.
Jardim repelente: Um engenheiro ambiental promete um jardim que mantém os mosquitos afastados. #NÃOÉBEMASSIM! O infectologista Rafael Galliez esclarece que aromas de plantas não têm eficácia cientificamente comprovada para proteger contra mosquitos, e não substituem repelentes farmacológicos.
Outras dicas #FAKE: Dicas populares, como sal na água do pratinho de planta ou chá de folha de mamão para aumentar as plaquetas sanguíneas, não são eficazes contra a dengue. Essas “medidas alternativas” podem, na verdade, aumentar a vulnerabilidade ao vírus, ao desviar a atenção de medidas cientificamente comprovadas.
Recomendações do Ministério da Saúde: O Ministério da Saúde destaca a importância do controle do vetor da dengue, o mosquito Aedes Aegypti, e afirma que não existe tratamento específico para a doença. Enquanto não há uma receita mágica, as medidas preventivas cientificamente embasadas incluem o uso de repelentes aprovados pela Anvisa, telas mosquiteiras e a eliminação de criadouros de mosquitos.