Os casos de ameaça e violência contra entregadores de aplicativos de delivery têm alarmado a sociedade brasileira, com registros cada vez mais frequentes. Entre as empresas afetadas está o iFood, que já contabilizou mais de 13 mil denúncias de agressões contra seus entregadores somente em 2024. Dessas ocorrências, 810 foram relatadas apenas no início de março.
Um dos incidentes mais recentes ocorreu no Rio de Janeiro, na noite de terça-feira (4), quando o entregador Nilton Ramon foi alvo de uma discussão com o policial militar Roy Martins Cavalcanti, que se recusou a descer até a portaria do condomínio para buscar o pedido. O confronto, que teve início por meio de mensagens no aplicativo, culminou com Ramon sendo baleado.
Esses conflitos frequentemente surgem devido à exigência de alguns clientes para que os entregadores subam até os apartamentos para realizar a entrega. Apesar disso, o iFood reforça que a recomendação é para que os entregadores deixem o pedido no primeiro ponto de contato, seja o portão da casa ou a portaria do prédio.
“A descida para receber o pedido não apenas otimiza a entrega, mas também demonstra respeito pelo trabalho do entregador(a), que só pode seguir para a próxima entrega após finalizar a atual”, afirmou a empresa. Além disso, cidades como Fortaleza, Paraíba e Manaus já implementaram leis que proíbem os clientes de exigir que os entregadores subam até os apartamentos.
