A promessa eleitoral do Prefeito Daniel Alonso de não privatizar o Departamento de Água e Esgoto de Marília (Daem) é mais uma vez questionada pela população, conforme a Justiça suspende a licitação do órgão. A decisão, emitida nesta terça-feira (27), apenas dois dias antes do evento programado para quinta-feira (29), acarreta efeitos que abrangeriam os próximos 35 anos.
O Juiz de Direito da Vara da Fazenda Pública de Marília, Walmir Idalêncio dos Santos Cruz, considerou o iminente dano de difícil reparação, dado o valor econômico bilionário do contrato e sua longa vigência, podendo afetar drasticamente o fornecimento de água e saneamento básico à população.
Além disso, o magistrado levou em conta o risco de futura invalidação do contrato devido às supostas irregularidades apontadas, o que poderia acarretar prejuízos significativos para os licitantes.
A decisão vai de encontro ao parecer do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), que recomendou o deferimento do pedido. Em resposta, a empresa GS Inima Brasil LTDA solicitou e obteve a tutela de urgência.
Enquanto isso, a história tumultuada da concessão do Daem se desenrola desde dezembro de 2022, quando a Prefeitura anunciou o edital de licitação para a concessão por 35 anos. Contudo, desde então, a licitação tem sido marcada por controvérsias e suspensões judiciais.
A população, indignada com o aparente descumprimento das promessas eleitorais e o embate judicial em torno da privatização do Daem, clama por transparência e responsabilidade por parte das autoridades municipais.
- Observação do Diretor do JP Jornal O Popular, Alan Teixeira:
“É lamentável testemunhar a persistência do Prefeito Daniel Alonso em suas mentiras e desrespeito ao povo de nossa cidade. Promessas feitas em campanha, como a proteção do patrimônio municipal, são esquecidas assim que as urnas se calam.
Diante da suspensão da licitação do Daem pela Justiça, mais uma vez somos confrontados com a falta de comprometimento com a verdade e com o bem-estar da população. Enquanto o prefeito brinca com o futuro de Marília, são os cidadãos que sofrem as consequências.
É hora de dar voz aos que verdadeiramente importam: o povo. Não podemos permitir que interesses políticos sobreponham-se à vontade e à segurança dos marilienses. Estamos atentos e continuaremos a defender os direitos da nossa comunidade com veemência e integridade.”