PF Aponta Transferência de R$ 800 mil por Bolsonaro para Conta nos EUA durante Investigação sobre Tentativa de Golpe

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Segundo relatório da Polícia Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro teria transferido R$ 800 mil para uma conta nos Estados Unidos em dezembro de 2022, como parte de um plano de se refugiar enquanto um suposto golpe de Estado estava sendo planejado. A PF suspeita que esses recursos possam ser provenientes da venda de joias subtraídas por Bolsonaro da Presidência.

As informações foram reveladas pela jornalista Andréia Sadi, da g1 e GloboNews, com base no documento da investigação sobre a tentativa de golpe. Os passaportes de Bolsonaro e outros envolvidos foram apreendidos para evitar a possibilidade de fuga do país.

A PF afirma que os investigados, incluindo Bolsonaro, mantinham a expectativa de que o golpe poderia ser concretizado, mesmo após sua saída da Presidência. Alguns deles teriam deixado o país, transferindo grande parte de seus recursos para contas nos EUA, como medida preventiva contra possíveis processos penais.

Em 27 de dezembro de 2023, pouco antes do fim de seu mandato, Bolsonaro teria enviado R$ 800.000,03 para uma conta nos EUA, ficando negativado em R$ 111 mil em sua conta poupança no Brasil. O ex-presidente utilizou fundos de investimentos para cobrir essa transferência.

A PF declarou que Bolsonaro transferiu todos os seus bens e recursos, ilícitos e lícitos, para os Estados Unidos, indicando a intenção de permanecer no exterior enquanto aguardava o desfecho do suposto golpe em andamento.

Os investigadores levantam a possibilidade de que o dinheiro transferido seja proveniente do “desvio de bens de alto valor patrimonial entregues por autoridades estrangeiras”, referindo-se às joias, incluindo relógios e colares, que Bolsonaro teria roubado e vendido nos Estados Unidos, conforme revelado anteriormente pela Polícia Federal.

O relatório da PF destacou que, diante do fracasso da tentativa de golpe, diversos investigados, incluindo Bolsonaro, começaram a deixar o país. O ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, foi citado no documento como outro exemplo, tendo abandonado a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal horas antes da tentativa de golpe em 8 de janeiro.

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