Petrobrás Registra Crescimento na Produção de Derivados em 2023
A Petrobrás divulgou resultados positivos em sua produção de principais derivados nas refinarias ao encerrar o ano de 2023. Segundo a estatal, alcançou-se um recorde anual histórico no processamento de óleo do Pré-Sal, atingindo uma utilização total de 92% das refinarias.
No decorrer do ano, foram produzidos 23,3 milhões de m³ de gasolina, estabelecendo um recorde desde 2014. A produção de diesel atingiu 41,4 milhões de m³, o maior desde 2015. Quanto ao GLP (gás de cozinha), os números alcançaram 7,1 milhões de m³, registrando um recorde desde 2007, conforme dados divulgados em 9 de fevereiro.
Esses resultados positivos foram obtidos com o parque de refino atual, mesmo após a venda de quatro refinarias durante o governo Bolsonaro, como esclarece o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates. Ele destaca que, apesar das alienações, o conjunto remanescente de refinarias tem sido expandido e modernizado, inclusive para realizar coprocessamento de óleos não fósseis.
Em comparação com 2022, houve um aumento de 2 pontos percentuais na participação de diesel, gasolina e QAV (querosene de aviação), totalizando 68% da produção total. O relatório de Produção e Vendas da Petrobrás, divulgado em 8 de fevereiro, destaca que a produção total de derivados foi de 1.772 Mbpd em 2023, representando um crescimento de 2% em relação a 2022. Esse aumento contribuiu para a melhor alocação do óleo nacional, reduzindo as importações e atendendo a demanda do mercado interno.
A Petrobrás também observou um aumento de 1,7% na produção em 2023 em comparação com o ano anterior, resultando em uma queda de 18% nas importações, principalmente de diesel, devido ao aumento da produção e otimização operacional das refinarias. As exportações, por sua vez, aumentaram 13% em relação a 2022, impulsionadas pelas maiores exportações de petróleo e gasolina.
Esses resultados positivos são reflexo da mudança na política da Petrobrás, que busca a capitalização da empresa e retomada de investimentos nas refinarias, como no Polo GasLub Itaboraí, ex-Comperj, no Rio de Janeiro, e no segundo “Trem” da Refinaria Abreu e Lima em Pernambuco. Essas ações visam romper a dependência do país como grande exportador de petróleo e importador de derivados.
Além disso, na exploração, a Petrobrás alcançou recordes anuais em diversos aspectos, incluindo produção total operada, produção própria no pré-sal e Índice de Utilização do Gás Associado (IUGA). Esses sucessos destacam os avanços conquistados sob a nova direção da empresa.
