Marília enfrenta uma situação crítica em relação à dengue, levando a Prefeitura a decretar estado de emergência. A medida, divulgada no Diário Oficial do Município em 6 de fevereiro, surge em resposta ao significativo aumento nos casos da doença, que já atingiram 523 registros entre janeiro e fevereiro de 2024. Esse número representa um alarmante aumento de 1.534% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
A gravidade da situação é acentuada pelo falecimento de dois idosos, de 86 e 70 anos, em decorrência da dengue. A prefeitura esclareceu que ambos possuíam comorbidades relacionadas a doenças cardiovasculares e diabetes.
O decreto destaca as ações em andamento para combater a propagação do vírus, incluindo bloqueios realizados por equipes do Mutirão de Combate à Dengue, busca ativa de febre com tratamento focal, remoção de criadouros, limpeza de áreas propícias ao descarte de lixo e intensificação de inspeções em estabelecimentos comerciais, imóveis de difícil acesso, escolas e outras instituições educacionais.
Além de Marília, outras localidades no centro-oeste paulista também enfrentam um aumento expressivo nos casos de dengue. Pederneiras decretou Estado de Emergência e Alerta Epidemiológico, confirmando 808 casos da doença em 2024. Botucatu, por sua vez, viu um aumento significativo de 11.650% nos casos, levando à declaração de estado de emergência após registrar 705 casos em janeiro deste ano.
A dengue, considerada a arbovirose urbana mais prevalente nas Américas pelo Ministério da Saúde, é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. O alerta ressalta a importância de combater o mosquito, especialmente durante os meses mais chuvosos, de novembro a maio, período em que a transmissão da doença é mais intensa. O foco principal das ações é a eliminação de água parada, pois os ovos do mosquito podem permanecer viáveis por até um ano no ambiente.