Ministro Moraes do STF nega novo pedido de liberdade para ex-diretor da PRF envolvido em bloqueios em estradas durante eleições

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou um novo pedido da defesa de Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), para revogar sua prisão preventiva. Vasques está detido desde 9 de agosto de 2023, sendo investigado por supostamente ordenar bloqueios em estradas durante o segundo turno das eleições de 2022.

De acordo com a Polícia Federal, o ex-diretor é suspeito de coordenar bloqueios de estradas por meio de blitzes no dia da votação. A defesa argumentou que Vasques não representa riscos às investigações, pois está aposentado e enfrenta problemas de saúde.

O despacho de Moraes, datado de 17 de dezembro e mantido em sigilo, reitera a manutenção dos requisitos para a prisão preventiva, conforme previsto no Código de Processo Penal (CPP). O ministro destacou que, ao determinar a prisão em agosto de 2023, considerou a possível interferência de Vasques nas investigações, indicando um “temor reverencial”.

O ex-diretor foi preso durante a Operação Constituição Cidadã, que apura supostas interferências nas eleições de 2022. Sob sua liderança, a PRF conduziu cerca de 500 operações rodoviárias com bloqueios em estradas no segundo turno das eleições presidenciais.

Os bloqueios, concentrados principalmente na região Nordeste, ocorreram em desacato à proibição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de realizar mobilizações que pudessem restringir a locomoção de eleitores no dia da votação. As operações foram encerradas após a intervenção do ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, que impôs multa pessoal por hora de decisão não cumprida.

Durante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Golpe, Vasques afirmou que a ação coordenada para impedir a votação seria “impossível”. No entanto, a investigação sugere sua participação na coordenação dos bloqueios em estradas durante o pleito.

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