Ação da Zamp (ZAMP3), operadora do BK Brasil, cai 19% após dois anúncios, incluindo a saída do Novo Mercado da B3

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A operadora de redes de fast food, Zamp (ZAMP3), que controla franquias como Burger King no Brasil, enfrentou uma queda de 19,31% nas ações na bolsa paulista, atingindo o valor de R$ 4,68, marcando a mínima do dia, após dois comunicados importantes.

Na noite de quarta-feira, a empresa anunciou que a assembleia geral extraordinária aprovou a sua saída do segmento Novo Mercado da B3, atendendo a uma solicitação do Mubadala feita em novembro. Destaca-se que a operação ocorrerá sem a realização de uma oferta pública de aquisição de ações (OPA). Além disso, o presidente do conselho de administração, Marcos Grodetzky, apresentou sua renúncia.

O Mubadala Capital, por meio da MC Brasil, detinha 30,4% do capital da Zamp quando fez o pedido para a assembleia extraordinária.

Analistas do Bradesco BBI observam que a saída do Novo Mercado e a renúncia de conselheiros importantes confirmam a influência do Mubadala, cujo movimento teve início em agosto do ano passado. Eles preveem que a Zamp terá que ajustar suas prioridades estratégicas nos próximos meses.

Em um relatório divulgado nesta quinta-feira, os analistas ressaltam que, enquanto o grupo de controle anterior focava na redução de despesas e no aumento do fluxo de caixa, a estratégia do Mubadala parece visar o crescimento, tanto orgânico quanto inorgânico.

Apesar disso, o Bradesco BBI mantém uma postura conservadora em relação à empresa devido às incertezas em torno da estratégia de crescimento, expectativas de geração de fluxo de caixa e reestruturação da gestão. A recomendação para as ações é “neutra,” com um preço-alvo de R$ 6.

A Zamp também anunciou que o conselho de administração aprovou a antecipação do período de carência de ações entregues em planos de concessão de papéis, o que resultará em um impacto financeiro de aproximadamente R$ 46,2 milhões, incluindo encargos devidos pela empresa.

Na assembleia geral extraordinária de quarta-feira, os acionistas rejeitaram, por maioria de votos, a inclusão de cláusulas que tornariam mais onerosa uma eventual aquisição da companhia, como aquela que previa uma OPA em caso de aquisição de pelo menos 33% das ações. Além disso, a proposta que limitava o voto em votações para alteração de cláusulas de governança e direitos de acionistas também foi rejeitada.

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