O ministro da Justiça, Flávio Dino, obteve a aprovação do Senado e será o próximo membro do Supremo Tribunal Federal (STF). A votação, que ocorreu nesta quarta-feira (13.dez), resultou em um placar ajustado de 47 votos favoráveis, 31 contrários e duas abstenções, superando o mínimo necessário de 41 votos de apoio.
O resultado ficou aquém das expectativas do governo, que almejava alcançar cerca de 50 votos. Flávio Dino é o segundo indicado durante o terceiro mandato de Lula para a Corte e ocupará a vaga deixada por Rosa Weber, que se aposentou em setembro. A aprovação no plenário sucedeu uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde Dino foi aprovado por 17 votos a 10 após mais de dez horas de deliberações.
A aprovação no plenário foi resultado de intensa mobilização tanto por parte do governo quanto do próprio ministro. Durante duas semanas, Dino percorreu gabinetes, concentrando esforços em parlamentares alinhados ao governo e evitando opositores. Na reta final, intensificou conversas com senadores indecisos.
A campanha contou ainda com o apoio de ministros de Lula que são senadores licenciados, como Camilo Santana (Educação), Renan Filho (Transportes), Carlos Fávaro (Agricultura) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome).
Comparado aos anteriores indicados, o número de apoios a Flávio Dino foi inferior. André Mendonça, indicado em 2021, recebeu 47 votos favoráveis, enquanto Cristiano Zanin, indicado por Lula, obteve aprovação mais tranquila com 58 votos a favor e 18 contra.
Flávio Dino, atual ministro da Justiça e Segurança Pública, possui uma trajetória profissional que abrange tanto a política quanto o Judiciário. Eleito senador pelo Maranhão no ano passado, foi governador do estado por dois mandatos consecutivos (2015-2022), deputado federal, presidente da Embratur e juiz federal entre 1994 e 2006.