A população de Marília expressa sua indignação diante da decisão do prefeito Daniel Alonso em investir expressivos R$500 mil na reforma e adaptação do 4º andar do Paço Municipal Capitão Adorcino de Oliveira Lyrio. A cidade, que enfrenta problemas de infraestrutura e serviços essenciais negligenciados, vê com descontentamento a destinação de recursos para uma obra que desperta críticas e questionamentos.
O contrato, assinado nesta segunda-feira (11), com a empresa WJR de Jesus Construções e Manutenções, prevê a conclusão da obra em 180 dias. O memorial descritivo aponta uma reforma completa, abrangendo desde divisórias, esquadrias e vidros até pintura, forro, piso e sanitários acessíveis. A parte elétrica também está incluída, com investimentos em toda a rede.
A decisão ganhou destaque negativo na comunidade, que aponta para a discrepância entre os investimentos em infraestrutura administrativa e as necessidades urgentes da cidade. Em meio a ruas esburacadas, falta de iluminação pública e serviços públicos defasados, a população se questiona sobre as prioridades da gestão municipal.
O prefeito, em comunicado, justifica as obras anteriores mencionando um ofício do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) sobre alegada situação insalubre aos servidores. Contudo, a execução das obras durante o horário de expediente tem gerado incômodos, como ruídos excessivos, odor forte e riscos aos trabalhadores.
Enquanto os gabinetes do prefeito e vice, juntamente com secretarias fundamentais, são contemplados com melhorias, a população aguarda respostas sobre as carências cotidianas que persistem sem solução. A revolta cresce entre os cidadãos, que exigem uma administração mais alinhada com as reais necessidades da comunidade. O debate sobre a alocação de recursos municipais e a fiscalização da gestão ganham relevância em meio a essa polêmica.
