A Justiça de São Paulo proferiu sua sentença na madrugada de sábado, após um intenso julgamento de cinco dias. O veredicto envolveu o trágico assassinato do advogado Francisco Assis Henrique Rocha, ocorrido em 2019, em um posto de combustíveis na Zona Sul da cidade.
O caso, que chocou a opinião pública, teve imagens de segurança gravando o momento em que criminosos armados atiraram brutalmente na vítima antes de fugirem. A cena assustadora aconteceu na noite de 19 de junho de 2019, em um posto de combustíveis localizado na movimentada Avenida Washington Luís.
O julgamento do júri popular teve início na segunda-feira da mesma semana, realizado no Fórum Criminal da Barra Funda, na Zona Oeste da capital. Dentre os seis acusados pelo homicídio de Francisco, Wilson Decaria Júnior e Anderson Silva foram considerados culpados. Ambos já estavam sob custódia enquanto respondiam pelo crime.
Wilson foi sentenciado a uma pena de 26 anos e 8 meses de prisão em regime fechado, enquanto Anderson recebeu uma pena de 23 anos. Importante notar que ambos negaram veementemente qualquer envolvimento no crime.
O desenrolar do caso revela que o advogado Francisco Rocha estava em busca de uma dívida de R$ 2,5 milhões, que estava sendo cobrada dos investidores de criptomoedas, Willian Gonçalves do Amaral e Danilo Afonso Pechin. Ambos haviam solicitado um empréstimo financeiro ao advogado para investir em Bitcoin, mas nunca devolveram o dinheiro.
Curiosamente, Willian e Danilo não estavam presentes no local no momento do crime. Foi então que Francisco, capturado pelas câmeras de segurança, saiu de um restaurante japonês onde jantava dentro do posto de combustíveis. A tragédia ocorreu quando ele caminhava entre seu luxuoso carro, uma Mercedes Benz preta, e um Citroën cinza estacionados em frente.
O momento aterrador foi capturado quando um indivíduo no banco do passageiro do Citroën efetuou disparos fatais através da fresta da janela, ceifando a vida do advogado. O motorista do veículo cinza recuou e novos tiros atingiram a vítima. Logo após o ato terrível, o veículo de fuga desapareceu da cena.
Segundo a investigação, os dois homens no Citroën foram identificados como Carlos Eduardo Soares Fontes e Anderson da Silva, alegadamente pagos com a quantia de R$ 500 mil para perpetrar o assassinato de Francisco. A acusação sustenta que o dinheiro foi entregue por Edgar Acioli Amador e Wilson Decaria Júnior, que eram sócios em uma empresa de negociação de criptomoedas.