De acordo com uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) que avaliou os impactos do programa Bolsa Família, três milhões de famílias deixaram a pobreza no ano de 2023.
Em janeiro deste ano, o programa tinha 21,7 milhões de famílias, das quais 4,5 milhões em situação de pobreza, ou seja com renda mensal de até R$ 218 por pessoa. Em setembro, o número caiu para 1,5 milhão.
A universitária e decoradora Jahane Dias recebeu aumento no benefício quando a filha de 5 anos foi incluída no programa: “melhorou muito mesmo, porque já foi um dinheiro a mais que entrou. No caso eu recebia R$ 600, e agora eu passo a receber R$ 800”.
O maior impacto foi sentido nas famílias com três ou mais integrantes. Atualmente, o valor mínimo do Bolsa Família por pessoa é de R$ 142. De acordo com o estudo, o novo desenho do programa também acabou com a situação de pobreza extrema.
“O programa, ele tinha duas linhas de entrada, ele tinha uma linha mais alta, a linha de pobreza e ele tinha a linha de extrema pobreza, mas ela não existe mais. É importante frisar que essas melhorias estão sendo feitas com base no aprimoramento da gestão do desenho do programa, não necessariamente botando mais dinheiro”, afirma Rafael Guerreiro Osório, pesquisador do Ipea.