Nesta terça-feira (12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou após uma reunião interministerial, que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai emprestar R$ 1 bilhão para ajudar a recuperar municípios do Rio Grande do Sul atingidos por enchentes provocadas pela passagem de um ciclone extratropical.
“Além dos R$ 750 milhões, nós tomamos uma decisão agora de fazer uma concessão de empréstimo do BNDES de R$ 1 bilhão para ajudar a recuperar a economia de todas as cidades. E, ao mesmo tempo, a liberação de R$ 600 milhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), para atender 354 mil trabalhadores”, afirmou Lula.
De acordo com o governo, a taxa de juros será zero e terá dois anos de carência. O alvo dessa medida são pessoas jurídicas, que abarcam, por exemplo, pequenos e médios empresários. No caso do FGTS, o valor máximo permitido para saque será de R$ 6.220. O governo trabalha com uma média de valor de R$ 1.624.
47 mortos e oito desaparecidos
De acordo com o balanço mais recente divulgado pelo Governo do Rio Grande do Sul, 47 mortes foram confirmadas e oito pessoas continuam desaparecidas. Das mortes registradas, 16 foram na cidade de Muçum. Os demais óbitos ocorreram em Roca Sales (11), Cruzeiro do Sul (5), Lajeado (3), Ibiraiaras (2), Estrela (2) e Encantado, Imigrante, Mato Castelhano, Passo Fundo e Santa Tereza (uma morte em cada cidade). Quanto às pessoas desaparecidas, quatro são procuradas em Muçum, duas em Lajeado, uma em Arroio do Meio e uma em Roca Sales.
O fenômeno afetou 342.605 pessoas no estado. De acordo com o governo estadual, 4.794 estão desabrigadas e 20.517, desalojadas. Ainda conforme o levantamento, 925 pessoas ficaram feridas e 3.130 foram resgatadas.
Estado de calamidade pública
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional declarou estado de calamidade pública em 92 cidades gaúchas. Segundo a pasta, a medida visa agilizar o atendimento da Defesa Civil Nacional e dos órgãos competentes à população afetada pela passagem do ciclone.
Com o estado de calamidade, os municípios poderão solicitar recursos para o atendimento emergencial à população. Eles também poderão apresentar planos de trabalho para a reconstrução das áreas atingidas.
Os recursos servem para socorro, assistência às vítimas, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de infraestrutura destruída ou danificada, como estradas.