Marcados para o mesmo dia, a próxima quinta-feira (31), Bolsonaro prestará dois depoimentos à Polícia Federal. O primeiro será para prestar esclarecimentos sobre o envio de mensagens falsas a respeito do sistema eleitoral brasileiro.
O segundo será uma oitiva conjunta com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o advogado Frederick Wassef e o ex-ajudante de ordens para apurar o caso da venda das jóias recebidas de presentes no exercício do mandato. O objetivo do depoimento coletivo é evitar que os investigados possam combinar versões.
No Congresso Nacional, a CPMI do 8 de Janeiro ouve na terça-feira (29) o coronel Fábio Augusto Vieira, que comandava a Polícia Militar do DF no dia dos ataques às sedes dos Três Poderes. A comissão pode ainda votar requerimentos. Na semana passada, foram aprovadas quebras de sigilos da deputada Carla Zambelli (PL-SP) e do hacker Walter Delgatti Neto, além de uma reconvocação de Mauro Cid.
Ainda no Congresso, após conseguir a aprovação do arcabouço fiscal, o governo agora mira a análise das MPs das Obras Inacabadas e do Desenrola, programa destinado a ajudar pessoas endividadas. A Câmara também deve votar, já na 3ª feira, a prorrogação da desoneração fiscal.
Executivo
Outra expectativa para a semana é a reforma ministerial. Após Lula voltar de viagem à África, ele deve avaliar a substituição de ministros para conseguir melhorar a relação com os partidos do Centrão no Congresso.
Dois nomes são dados como certos: Silvio Costa Filho (Republicanos) e André Fufuca (Progressistas). O primeiro deve assumir a pasta de Portos e Aeroportos. Já em relação ao segundo, há uma indefinição. O Desenvolvimento Social, desejo do Centrão, parece cada vez mais longe.
Outra mudança prevista é a indicação de Margarete Coelho, aliada de primeira hora do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para a presidência da Caixa.