No último ano, mais de 10 mil brasileiros mudaram de nome

Brasil Últimas Notícias

Mais de 10.900 brasileiros com mais de 18 anos já mudaram de nome ou sobrenome no país desde 27 de junho de 2022, quando entrou em vigor a lei federal 14.382/22. A nova regra autoriza a alteração diretamente em cartório, independentemente de prazo, motivação, gênero, juízo de valor ou de conveniência.

O estado com mais retificações é São Paulo: foram 2.639. Em Minas Gerais foram 1.230, Paraná 957, Bahia 851 e Ceará 338. Os dados são da Arpen, a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais. Segundo a diretora Andréia Gagliardi, não é mais preciso justificar a mudança e a maioria das pessoas que pedem a alteração são aquelas com nomes diferentes, fora do padrão, ou com uma grafia complicada. 

A mudança é permitida uma única vez em cartório. Caso haja arrependimento, somente uma ação judicial poderá resolver. Antes da nova lei, só era possível mudar o nome e o sobrenome entrando na justiça. Um processo caro e lento, que podia levar até oito anos.

Agora, com a documentação em mãos, em cinco dias a troca é realizada. Os valores mudam de estado para estado, por conta da cobrança do ISS, o imposto sobre serviços de qualquer natureza. Em São Paulo, o custo é de R$ 174,39.

Mas é preciso ter atenção, porque os documentos pessoais, como CPF, título de eleitor, carteira de trabalho e passaporte, também precisam ser atualizados, assim como os registros de familiares, principalmente filhos e cônjuges.

Moradora de Belo Horizonte, a bancária e estudante de psicologia Antonella Rodrigues dos Santos, de 42 anos, foi registrada como Aparecida, mas sempre quis mudar de nome por causa das piadas e brincadeiras. Ela conseguiu alterar a certidão de nascimento há cerca de três meses. Mais do que uma combinação de letras, o nome representa quem somos e de onde viemos. E não se reconhecer da forma como é chamado pode causar uma dor muito grande.

Compartilhar esta notícia agora: