Abelardo Camarinha e Vinicius Camarinha foram inocentados pelo juiz Ricardo William Carvalho dos Santos, titular da 2ª Vara Federal de Marília, e todas as acusações de crimes e fraudes na Operação Miragem, que investigou compra, posse e gestão das rádios Diário FM, Dirceu AM e do jornal Diário de Marília.
A Operação Miragem, que foi deflagrada em 2016, visava o combate crimes como falsidade ideológica, uso de documentos falsos, sonegação fiscal, atividade de telecomunicação clandestina e evasão de divisas.
Em 2017, uma segunda fase da operação suspendeu as atividades do jornal impresso que funcionava no mesmo local onde duas rádios haviam sido fechadas cinco meses antes, deixando dezenas de desempregados, além de perda de acervo histórico entre outras situações.
O Ministério Público havia denunciado Abelardo e Vinicius Camarinha, por usar “laranjas” para ocultar a propriedade de meios de comunicação. Porém de acordo com o juiz, não havia provas indicando que Camarinha e Vinicius teriam participado de falsidade ideológica no caso.
“Embora indiciários, o acervo probatório não demonstra cabalmente o envolvimento dos réus VINICIUS ALMEIDA CAMARINHA, JOSÉ ABELARDO CAMARINHA, MANOEL ROBERTO RODRIGUES, CARLOS GARROSINHO e CARLOS FRANCISCO CARDOSO no falso inicial” diz a decisão.
Foram condenados o advogado José de Souza Junior, Antônio Celso dos Santos e o gerente das emissoras.
O advogado José de Souza Junior foi condenado a 2 anos, 6 meses e 10 dias de prisão em regime aberto, substituída por duas penas restritivas de direitos, consistente na a) prestação pecuniária em 24 parcelas de R$ 1.500,00.
Antônio Celso do Santos, por já ter feito um acordo de delação, teve sua punição estabelecida conforme o acordo de colaboração.
O gerente das emissoras foi condenado a 2 anos e 4 meses de reclusão em regime aberto, revertida a duas penas restritivas de direitos, consistentes na a) prestação de pecúnia em 12 parcelas de R$ 1.500,00 a serem revertidas em favor da União, b) prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas, em acusação tributária.
Para o deputado estadual e ex-prefeito de Marília, Vinicius Camarinha: “Foi comprovado que houve uma ação para me prejudicar na reeleição para prefeito de 2016”.
Para o ex-deputado e ex-prefeito, Abelardo Camarinha: “Uma perseguição política, com prejuízo irreparável, que deu a vitória para Daniel Alonso, às vésperas da eleição, tudo em conluio com o delegado da Polícia Federal Luciano Menin. Vamos mover ação de ressarcimento contra o delegado Menin, os acusadores e as falsas testemunhas”.