Balanço divulgado nesta quinta-feira (1º) pelo Ministério da Saúde mostrou que o Programa Mais Médicos registrou 34.070 profissionais inscritos para as 5.970 vagas ofertadas no ciclo atual. Ainda de acordo com a pasta, o total de inscritos é o maior já alcançado desde a criação do programa, em 2013.
O prazo para inscrição, com prioridade para profissionais brasileiros formados no país, terminou na quarta-feira (31). Também puderam se inscrever brasileiros formados no exterior ou estrangeiros, que continuarão atuando com Registro do Ministério da Saúde em vagas não ocupadas por médicos com registro no país.
Dos 34.070 inscritos, 30.175 são profissionais brasileiros. O recorte divulgado pelo ministério mostra ainda que 19.652 são médicos com registro profissional; 10.523 são brasileiros com registro no exterior; e 3.895 são estrangeiros com registro no exterior.
A próxima etapa é a publicação das inscrições validadas, seguida por período de interposição de recursos e, por fim, a divulgação dos resultados finais. A expectativa é que a partir do dia 16 de junho seja divulgada a confirmação das vagas e dos locais escolhidos pelos candidatos, com começo da atuação dos médicos previsto para o fim do mês.
Cerca de 45% das vagas estão em regiões de vulnerabilidade social e historicamente com dificuldade de provimento de profissionais. Em 2023, 117 médicos foram convocados para atuar em distritos sanitários indígenas, inclusive no território yanomami, em situação de emergência sanitária.
Para o secretário de Atenção Primária à Saúde, Nésio Fernandes, as melhorias do Mais Médicos representaram um passo importante para a alta adesão da categoria. “O programa está com uma cara nova, renovado e ampliado, com diversos incentivos para fixação e especialização dos médicos”, reforça.
Nésio detalha que o ciclo do programa agora é de quatro anos, com a primeira metade da atuação destinada à especialização com foco em habilidades e competências de Medicina de Família e Comunidade, e o segundo momento voltado para o mestrado profissional.
“Ao fim de quatro anos de ensino em serviço, os médicos podem realizar a prova de título da sociedade e ter três títulos, caso seja aprovado nas avaliações previstas: especialista Lato Sensu, mestrado profissional e a possibilidade da realização da prova de título de Médico de Família e Comunidade”, destaca o titular da secretaria.
Além da oportunidade de qualificação, todos os participantes poderão receber incentivos pela permanência no programa. Aqueles que forem alocados em regiões de extrema pobreza e vulnerabilidade, conforme classificação divulgada por meio de edital, recebem percentual maior.