Ministro da Justiça pede apuração do Google sobre conduta contra projeto das Fake News  

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Flávio Dino, ministro da Justiça, anunciou nesta segunda-feira (1º) que vai pedir à Secretária Nacional do Consumidor, órgão ligado à pasta, para apurar práticas abusivas do Google.  

O posicionamento do ministro veio após a plataforma fazer uma ofensiva contra o Projeto de Lei das Fake News, que deve ser votado na Câmara dos Deputados nesta semana. 

Ao acessar o buscador do Google, na tarde de segunda-feira, o usuário se deparava com uma mensagem embaixo da caixa de pesquisa: “O PL das fake news pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira no Brasil”. Ao clicar na frase, o internauta era direcionado a diversas notas públicas da plataforma contrárias ao projeto.  

Dino escreveu em seu Twitter: “Estou encaminhando o assunto à análise da Secretaria Nacional do Consumidor, órgão do Ministério da Justiça, à vista da possibilidade de configuração de práticas abusivas das empresas”. 

O ministro chefe interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Cappeli também repercutiu o episódio nas redes sociais. Ele chamou atenção para o que classicifou como campanhas publicitárias agressivas contra o Projeto de Lei.   

Mais cedo, o deputado federal Orlando Silva (PCdoB), relator do PL das Fake News na Câmara dos Deputados, fez uma série de críticas às empresas de tecnologia. Durante o ato do Dia do Trabalhador promovido pelas centrais sindicais no centro de São Paulo, nesta segunda-feira (1º), ele afirmou que as big techs estão fazendo um “jogo sujo” para influenciar de forma negativa a votação do projeto de lei no Congresso brasileiro.  

Na sequência, em publicação nas redes sociais, escreveu que as big techs investem dinheiro para mentir contra o PL. “As Big Techs e os canais pagos para defendê-las têm feito uma campanha milionária com mentiras sobre o PL 2630. A proposta não censura ninguém e nem enfraquece os pequenos”, escreveu. 

No início da noite desta segunda-feira, Orlando Silva seguiu nas postagens contra a conduta da empresa. “É o maior jogo sujo já feito por uma empresa para interferir em um debate político”. Também classificou como absurda a ofensiva e chamou de “campanha sórdida”. 

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