Fernanda Maria Barteli, que tem 25 anos, foi obrigada a dar à luz sem nenhum acompanhamento em sua própria casa, na zona Sul de Marília, após ter sido dispensada do Hospital Materno Infantil. Ela e o filho Gael, passam bem.
Fernanda relatou que começou a sentir fortes contrações até que notou o estouro do “tampão”, por volta das 6h e se dirigiu ao Hospital Materno Infantil. Porém após passar por atendimento médico, foi liberada, apesar das fortes dores que sentia.
Ainda de acordo com Fernanda, a médica que a atendeu afirmou que ela não estava em trabalho de parto e que a previsão de a criança nascer era apenas para o dia seguinte. Como nunca havia tido um parto, Fernanda seguiu a orientação.
Já em sua casa, menos de duas horas depois, Fernanda voltou a sentir fortes dores, se deitou no colchão da sala. Ela entrou em trabalho de parto com a ajuda apenas do marido.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado e a equipe ajudou na conclusão do nascimento, inclusive com o corte do cordão umbilical. O pequeno Gael nasceu em segurança e a mãe passa bem, mas afirma que está traumatizada.
“Fiquei indignada com o atendimento. Por ser mulher e ter sido atendida por outra mulher, eu esperava mais empatia. A médica deveria saber o que eu estava passando”, lamentou Fernanda.
“Sou mãe de primeira viagem e o parto do meu filho deveria ter sido o momento mais bonito, mas foi uma mistura de trauma com pesadelo”, contou a jovem mãe.
O Hospital Materno Infantil informou em nota que a paciente “recebeu toda a assistência necessária pela equipe de Ginecologia e Obstetrícia desde a sua entrada na unidade” e que, “após avaliação médica, em que foi constatado o seu quadro clínico estável, ela foi encaminhada à Maternidade da Gota de Leite, unidade de referência para baixa e média complexidade”.
“Após o nascimento da criança, o recém-nascido foi encaminhado ao HMI, onde recebeu toda a assistência e está estável”, completou o hospital.