Na última quarta-feira (19), a prefeitura de São Paulo e o Ministério Público de São Paulo receberam novos depósitos do Banco BTG Pactual e da Eucatex, do ex-prefeito, Paulo Maluf, e de sua família.
A quantia depositada, em dólar, se acordo com o MPSP, equivale a R$ 152.818.991,66 e, em breve, serão liberados dois depósitos totalizando R$ 35.491.458,35.
As transações bancárias correspondem ao acordo feito com o Ministério Público de São Paulo e a Procuradoria-Geral do Município para que seja devolvido aos cofres públicos paulistanos cerca de US$ 44 milhões (aproximadamente R$ 226 milhões).
A decisão é referente a desvios nas obras de construção da Avenida Água Espraiada (atual Avenida Jornalista Roberto Marinho) e do Túnel Ayrton Senna, realizadas quando Paulo Maluf estava à frente da Prefeitura de São Paulo, entre 1993 a 1998.
O dinheiro teria sido desviado em conluio com empreiteiras e foi usado para investimento na Eucatex, fabricante de tintas, pisos e laminados controlada pela família Maluf. Segundo as investigações, o prejuízo estimado é de mais de US$ 300 milhões (R$ 1,5 bilhão).
De acordo com o Ministério Público de São Paulo, com o pagamento realizado hoje, a família Maluf perde o equivalente a um terço da empresa Eucatex, passando as ações ao poder do Banco BTG, que já havia adquirido 33% das ações da empresa que eram controladas pelas “offshore companies” Durant; Kildare e MacDoel. Também serão extintas todas as medidas construtivas e restritivas impostas à companhia no âmbito dos processos envolvendo a família Maluf, inclusive de indisponibilidade de bens.
As ações da Eucatex detidas pelos acionistas minoritários Kildare Realisations e Macdoel Realisations, que até então estavam bloqueadas, serão regularizadas.