Com medo da paralisação prevista para a próxima segunda-feira (17/04), prefeito Daniel Alonso articula medida sem a participação dos(as) trabalhadores(as)
Administração municipal apresentou aos vereadores da base aliada, na última quarta-feira (12/04), proposta de reajuste salarial dos servidores municipais. Proposta que não teve a participação do SINDIMAR (Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos Municipais de Marília) e representantes da categoria, prevê 6% de recomposição salarial, 10,93% no vale-alimentação e 27,7% de correção no auxílio-saúde para os aposentados.
Direção do SINDIMMAR informou que a categoria não reconhece o projeto e a entidade sindical requereu uma reunião para negociar o aumento nos índices a um nível coerente à valorização dos(as) servidores(as) municipais. “O pedido para essa reunião já foi protocolado e temos conhecimento de que está no gabinete do prefeito”, destacou Vanilda Gonçalves de Lima, presidenta da entidade.
Diretoria vem tentando se reunir com a administração municipal para tratar sobre a Campanha Salarial 2023 desde março. A data limite do Dissídio Coletivo, previsto por legislação municipal é 1º de abril. Os índices definidos pela categoria, por meio de assembleias extraordinárias, são: 25% de correção, referentes às perdas salarias durante o governo Daniel Alonso e 40% de aumento do vale-alimentação.
A presidenta do SINDIMMAR, Vanilda Gonçalves de Lima, ressalta que sempre houve a busca pelo diálogo, inclusive com o agendamento de uma reunião pelo secretário de Administração, Levi Gomes. “Sempre tivemos boa vontade para dialogar, para discutir a nossa reivindicação. Entretanto, a reunião foi desmarcada, sob argumento de que não teria havido tempo de discutir os índices com a Fazenda”, apontou Vanilda.
Diante da falta de diálogo, a categoria pediu apoio do Legislativo, que formou uma comissão de vereadores, para tentar viabilizar uma reunião com o prefeito. “Nem com o apoio dos parlamentares foi possível viabilizar o encontro e agora a administração vem com essa história de reajuste. Não reconhecemos esse projeto e por isso está mantida a paralisação da próxima segunda-feira”, ressaltou Vanilda.
Vanilda aponta ainda que lamenta a atitude arbitrária e truculenta da administração, que não respeita os(as) servidores (as) municipais em todos os aspectos profissionais. “Não é só com relação aos salários ou benefícios sociais. Essa administração está precarizando o serviço público, terceirizando serviços na Saúde e na Educação, prejudicando o atendimento à população”, explicou a presidenta.