Na quarta-feira (19), o ministro da Justiça, Flávio Dino, exonerou, 26 dos 27 superintendentes regionais da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em um processo de reformulação e “desbolsonarização” da corporação. Somente o superintendente interino do Piauí, Jairo Lima, continuará no cargo.
A PRF, durante o governo de Bolsonaro, foi comandada por Silvinei Vasques, que era totalmente alinhado ao ex-presidente e chegou a pedir votos, através das suas redes sociais, para Bolsonaro no segundo turno das eleições presidenciais.
Silvinei Vasques, que está sendo investigado, também orientou a operação que buscou atrapalhar o transporte de eleitores no dia do pleito, especialmente nos Estados do Nordeste.
O novo diretor-geral da PRF, indicado pelo ministro da Justiça, é Antônio Fernando Souza Oliveira. Os nomes dos novos superintendentes regionais ainda não foram divulgados.
No mesmo dia, foi confirmada a troca dos diretores da Polícia Federal em 18 Estados. Um dos nomes mais comentados está sendo o de Leandro Almada, que investigou a obstrução no caso do assassinato de Marielle Franco, para o comando no Rio de Janeiro.
A Polícia Federal já tem agido de forma célere na investigação e nas prisões de terroristas envolvidos no ataque à Brasília, realizado no dia 8 de janeiro. Cerca de 1.400 criminosos foram presos e estão passando por audiências de custódia.