Sigilo de 100 anos decretado por Bolsonaro é quebrado por Lula

Brasil Política Últimas Notícias

Nesta quarta-feira (11), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liberou a lista de pessoas que visitaram a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro no Palácio da Alvorada nos anos de 2021 e 2022. Ao todo, 565 pessoas estiveram na residência oficial da Presidência da República.

A medida cumpre uma promessa de campanha muito citada pelo petista durante as últimas eleições: a revisão dos inúmeros sigilos de 100 anos impostos por Jair Bolsonaro (PL) durante o período em que foi chefe do Executivo Federal.

Relembre outras informações que foram protegidas por supostamente conter dados sensíveis ou que ameaçam a integridade das instituições públicas:

Mensagem sobre prisão de Ronaldinho Gaúcho

Ronaldinho Gaúcho, ex-jogador de futebol, foi preso no início de 2020 por tentar entrar no Paraguai com documentação falsa. O caso do atleta, nomeado embaixador do turismo brasileiro, foi acompanhado de perto pelo Itamaraty, que submeteu ao sigilo de 100 anos todas as mensagens relacionadas ao episódio.

Médico no Egito

O Itamaraty também prestou assistência ao médico Victor Sorrentino em 2021, depois que ele foi detido por assédio sexual no Egito. Todos os documentos diplomáticos relacionados ao caso foram colocados sob sigilo.

Carteira de vacinação

Em janeiro de 2021, o governo impôs sigilo de 100 anos para o cartão de vacinação de Bolsonaro, com a justificativa de que os dados diriam respeito à intimidade e à vida privada do então presidente.

Acesso dos filhos de Bolsonaro ao Planalto

As informações dos crachás de acesso ao Palácio do Planalto emitidos em nome de Carlos (Republicanos) e Eduardo Bolsonaro (PL) também estão protegidos.

Processo sobre Pazuello

O processo interno do Exército contra Eduardo Pazuello foi colocado sob sigilo. O ex-ministro da Saúde havia participado de um ato político ao lado de Bolsonaro, e estava sendo investigado por infringir o Regimento Disciplinar.

O processo das Rachadinhas

A Receita Federal impôs um sigilo de 100 anos no processo das Rachadinhas, que teve como alvo o senador Flávio Bolsonaro. A justificativa usada se pauta em documentos com informações pessoais, que deveriam ter acesso restrito a agentes públicos e aos envolvidos no caso.

Covaxin

Os contratos de compra da vacina indiana Covaxin foram classificados como sigilosos. O acordo foi investigado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, que chegou a conseguir acesso.

Compartilhar esta notícia agora: