Nos atos golpistas de vandalismo que aconteceram no último domingo (8) no Distrito Federal, um empresário, apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, usou pinturas corporais semelhantes a de povos indígenas, porém comunidades indígenas negam qualquer vínculo ao homem.
O empresário, José Paulo Afonso Barros, é morador de Ponta Porã (MS), e está entre os envolvidos nas invasões aos prédios públicos de Brasília do último domingo (8).
A participação dele é confirmada por vídeos e fotos publicados nas redes sociais. Em um dos atos, o empresário aparece ao lado de José Acácio Serere Xavante, preso em Brasília, acusado de participar e liderar atos antidemocráticos.
José Paulo, antes de ir a Brasília, foi responsável por chefiar a mobilização do acampamento bolsonarista em frente ao quartel de Ponta Porã. Ele é dono de uma seguradora na cidade e foi reconhecido por moradores do município que viram uma selfie tirada dentro do STF, depredado pelos manifestantes.
O empresário estava acampado em Brasília desde o ano passado. Imagens em que ele aparece fingindo ser indígena viralizaram nas redes sociais.
Ele é sócio da RSI Consultoria e Investimento, acusada de dar golpe em investidores e, segundo a Justiça, já foi preso por cooptar investidores para esquema que prometia lucro de até 400%.
O paradeiro do empresário não foi localizado, também não há informações se ele está entre os bolsonaristas presos por atos golpistas e ataques terroristas promovidos na capital federal ou não.