Na última terça-feira (20), o número total de casos de Covid-19 nos Estados Unidos ultrapassou a casa dos 100 milhões, obrigando as autoridades a tomar providências emergenciais.
Nova Iorque emitiu um alerta pelo uso de máscara. No país, apenas 68% da população fez uso completo do imunizante.
Devido à falta de vacinação e da falta de medidas por parte do governo, desde que a pandemia explodiu, há quase três anos, os mortos já somam um milhão, oitenta e oito mil e 218 pessoas, apontam dados da Universidade Johns Hopkins.
De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, a Califórnia encabeça a lista dos Estados, com mais de 11,6 milhões de casos registrados, seguida pelo Texas (8,1 milhões) e pela Flórida (7,3 milhões).
Na semana encerrada no sábado (17), de acordo com cientistas, as subvariantes do Ômicron BQ.1 e BQ.1.1 representaram cerca de 70% dos novos casos de Covid nos EUA. A projeção dos CDC estadunidenses é que o BQ.1 tenha alcançado 30,7% das variantes circulantes, contra 38,4% do BQ.1.1.
Os Estados Unidos, diante disso, continuam sendo o país mais impactado pela pandemia, com o maior número de casos e mortes do mundo, respondendo por mais de 15% do número total de casos e mais de 16% das mortes globais.
A China, enquanto isso, com uma população de 1,4 bilhão de habitantes, não chega a cinco mil mortos ao longo destes três anos.
“Vimos os casos de COVID aumentarem. Vimos as hospitalizações aumentarem. As mortes estão apenas começando a aumentar”, afirmou o doutor Ashish Jha, coordenador de resposta à pandemia da Casa Branca, durante entrevista coletiva.
O surto de Covid no inverno, avaliam os cientistas, é apenas parte da ameaça à saúde enfrentada pelos norte-americanos, uma vez que a gripe e o vírus sincicial respiratório (VSR) também estão se espalhando com rapidez. O trio vem sendo chamado pelos médicos de “tripledêmico”, com trágicos resultados.
Na avaliação de Ashish Jha, o surto de gripe desta temporada é “o pior em uma década”. A declaração é sustentada pelo CDC, atestando que já são mais de 150.000 hospitalizações e 9.300 mortes por gripe.
Os níveis de VSR continuam em um patamar recorde ou à beira dele, advertem os Centros de Controle e Prevenção de Doenças, frisando que a doença causa sintomas semelhantes aos do resfriado. Apesar de haver uma vacina disponível para o vírus, ele pode afetar com gravidade a bebês e idosos, levando à desidratação, problemas respiratórios e doenças mais graves, como bronquiolite ou pneumonia.
A estimativa do Johns Hopkins Coronavirus Resource Center é que mais de 75% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) dos EUA estarão ocupados até o Natal – nível semelhante ao de dois anos atrás, durante o auge do Covid.