Na manhã desta segunda-feira (19), uma mulher, de 71 anos, foi assassinada pelo próprio filho em Pirapozinho. O homem, de 34 anos, foi preso em flagrante.
O condutor de uma ambulância da cidade foi prestar atendimento à vítima e acionou a Polícia Militar que, ao chegar no local, encontrou a vítima já sem vida.
De acordo com a Polícia Civil, o filho utilizou uma furadeira para torturar e matar a própria mãe. Ao todo, foram, pelo menos, 17 ferimentos causados na vítima.
De acordo com o delegado Rafael Guerreiro Galvão, responsável pelas investigações “O que apuramos até o momento foi que o sujeito, agora preso, filho, de 34 anos, teria começado a torturar a sua mãe por volta das 18h de ontem”.
“Temos imagens, no celular dele, dando conta de que as agressões, que resultaram na morte dela, começaram ontem [18]. Foram aproximadamente 12 horas de agressões, de tortura, que levaram essa senhora, de mais de 70 anos, ao óbito na presente data [19]”, explicou Galvão.
O delegado disse que a idosa chegou, inclusive, a pedir ajuda por meio de vídeos gravados durante as agressões.
“No meio disso tudo [da tortura], ela consegue gravar áudios pedindo socorro, tudo sob coação, tudo sob intenso sofrimento que foi infringido pelo filho”, complementou.
“Ele filmou parte das agressões e tudo isso está sendo periciado. Ele usou uma furadeira. Contamos, de modo superficial, é claro que isso vai para um médico legista, posteriormente, para ter um laudo oficial dos fatos, mas, em análise preliminar, 17 pontos em que ele usou a furadeira na mãe, sendo que um seria em região mais torácica, que seria fatal”, citou o delegado.
O homem foi preso em flagrante e, neste momento, está hospitalizado, porque tentou se matar depois do crime. “O que mostra, sem justificativa alguma, que ele estava sob algum surto, alguma situação de grande tormento psicológico, mostrando, inclusive, a sua maldade pré-existente. Ele tentou, com a furadeira, se matar, em seu próprio crânio, mas não conseguiu”, detalhou o delegado.
Ainda de acordo com Galvão, “é um crime de pena altíssima” e a Polícia Civil irá representar à Justiça pela conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva.
As investigações prosseguem e, conforme o delegado, o autor do crime possivelmente estava sob efeito de entorpecentes durante o ato.
“Eu vou interrogá-lo ainda hoje [19] e, com certeza, com análise dele e do celular, vamos saber o motivo. Mas, certamente, eu vejo no mínimo quatro qualificadoras aí: feminicídio, ausência de meios de defesa para a vítima, a tortura, um motivo fútil, então, certamente, algo aconteceu. Pelo tempo da ocorrência, eu descarto o álcool, pelo tempo das 12 horas, eu acredito que ele estava sob efeito de algum entorpecente”, concluiu Galvão.