Conta de luz ficará até 36% mais cara

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Aprovados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nas últimas semanas, reajustes tarifários farão a conta de luz subir até 36%. Os percentuais do “reajuste” superam até mesmo os aumentos do ano passado, que associados às bandeiras tarifárias pelo acionamento das usinas termoelétricas fizeram a conta subir 114% em 2021.

A Aneel justifica a autorização para as distribuidoras aumentarem as tarifas dizendo que se trata de compensação financeira para as companhias que não revisaram seus custos no ano passado, uma herança deixada pela política do governo Bolsonaro que quase provocou um apagão no país, com cortes nos investimentos e benesses às distribuidoras. Além disso, também atribui ao aumento de preços de energia e encargos contratuais com as distribuidoras.

Beste ano, ao todo, 16 reajustes de mais de dois dígitos foram autorizados, dez deles acima de 20%, bem acima da inflação que vem corroendo o orçamento das famílias, particularmente as de mais baixa renda.

O maior impacto será aos consumidores da região abastecida pela Equatorial Amapá, cujo reajuste médio aprovado na última terça-feira (13) foi de 36,08%. A alta é atribuída principalmente à CVA Energia (conta de compensação da variação dos custos de aquisição de energia e outros itens da parcela A), com um efeito médio de 14,14%, e a retirada do diferimento financeiro de 2021. A companhia atende 120 mil residências e estabelecimentos.

Deputados do estado do Amapá acionaram a Justiça para barrar o aumento. A ação popular protocolada reclama que o aumento é “abusivo e desproporcional”.

Além disso, as contas sobem 22,02% em Rondônia, 22,55% em Brasília, 11,36% no Mato Grosso do Sul, entre outras.

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