Em operações de busca e apreensão que foram iniciadas na quinta-feira (15), com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal apreendeu 15 armas, entre elas fuzis, rifles e submetralhadoras, sob posse de lideranças de bloqueios de estradas e atos golpistas em Santa Catarina.
A PF apreendeu, em apenas um endereço, 11 armas, como um rifle com luneta, uma submetralhadora e um fuzil, além de munições. Não havia ninguém na casa.
Em uma segunda casa, foram encontradas quatro armas, uma delas sem registro. Uma pessoa que estava no local foi presa, mas seu nome não foi divulgado.
Flávio Dino (PSB), futuro ministro da Justiça, comentou o caso em suas redes sociais: “Nas operações policiais contra atos antidemocráticos, determinadas pelo STF, foram encontradas várias armas (submetralhadora, fuzil, rifles com lunetas etc). Definitivamente isso não é ‘liberdade de expressão’”.
A PF está cumprindo, desde a manhã da quinta-feira (15), cerca de 100 mandados de busca e apreensão contra organizadores dos atos golpistas que pedem a anulação das eleições presidenciais. As operações estão acontecendo em 8 estados e no Distrito Federal.
O STF determinou o bloqueio de contas, apreensão de passaportes e suspensão do registro de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC).
As operações foram autorizadas pelo STF três dias depois que um grupo bolsonarista incendiou carros e ônibus e tentou invadir a sede da Polícia Federal, em Brasília, por conta da diplomação de Lula como presidente eleito.
Em alguns atos em Santa Catarina, os participantes atacaram, com barras de ferro, agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que atuavam para desobstruir vias públicas.
Na quarta-feira (14), um grupo bolsonarista ateou fogo em pneus na BR-470 para obstruir a via. Quando chegou ao local, a PRF registrou que eles tinham jogado “miguelitos”, que são um equipamento feito para furar pneus, na estrada.
Quatro pessoas foram presas no Estado desde o início das operações da PF.
Os deputados estaduais bolsonaristas Capitão Assumção (PL) e Carlos Von (DC) foram levados à delegacia para prestar depoimento.