Em desesperos, vândalos bolsonaristas escalaram terror e destriução em Brasília. Tudo ocorreu após confronto contra a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), quando seguidores de Jair Bolsonaro (PL) atearam fogo em ônibus no centro de Brasília.
O ônibus estava na entrada da rodoviária, perto do shopping Conjunto Nacional. Não há informações sobre vítimas.
Imagens mostravam o cenário de vandalismo e terror. O veículo pegou fogo completamente. Outros carros que estavam na via tentaram sair do local.
A assessoria de imprensa da PMDF informou que pediu reforço de viaturas de todas as partes do Distrito Federal para conter o conflito.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), informou ter acionado todas as forças policiais para conter o conflito causado por bolsonaristas, na noite desta segunda-feira (12/12), no centro de Brasília. O chefe do Executivo local informa que o Batalhão de Operações Especiais (Bope), Grupo Tático Operacional (Gtop) 5 e 6 estão nas ruas. “A ordem é prender os vândalos”.
O senador eleito pelo Estado do Maranhão, Flávio Dino (PSB), anunciado ministro da Justiça e Segurança Pública do novo governo, condenou os ataques dos terroristas que tentaram invadir a sede da PF, em Brasília, na noite desta segunda-feira (12).
“Inaceitáveis a depredação e a tentativa de invasão do prédio da Polícia Federal em Brasília”, escreveu o novo ministro da Justiça. “Ordens judiciais devem ser cumpridas pela Polícia Federal. Os que se considerarem prejudicados devem oferecer os recursos cabíveis, jamais praticar violência política”, escreveu Dino por meio do Twitter.
A impressão que se tem é que a “ficha está caindo”, de que foram efetivamente derrotados na eleição presidencial, em 30 de outubro. Tudo indica que o desespero dos bolsonaristas aumentou.
O confronto nesta segunda-feira começou após a PF prender o cacique Tserere Xavante, apoiador do chefe do Executivo, após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) a Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O cacique faz parte do grupo de indígenas que invadiu a sala de embarque do Aeroporto Internacional de Brasília no último dia 2 de dezembro.
Jornalistas de vários veículos de imprensa teriam estado no local e flagraram homem arrancando lixeira enquanto o confronto ocorria no fim da rua.